Autor: AO Online/ GaCS
Assim, no âmbito da migração do ficheiro para o seu formato final de entrega, foi eliminado o conteúdo relativo à Comunicação Social, considerado essencial e consequente com as propostas efetuadas em período eleitoral.
Este facto foi imediatamente comunicado ao Senhor Presidente da Assembleia Legislativa e dada nota aos grupos e representações parlamentares ainda durante o dia de sábado.
O Programa do XIII Governo publicado já está corrigido, tendo sido inserido, na página oito do referido programa, o seguinte texto:
“COMUNICAÇÃO SOCIAL
Nas nossas ilhas, a comunicação social privada exerce uma verdadeira missão de interesse público. Importa contribuir para o seu fortalecimento através de um novo enquadramento legislativo de apoio financeiro. Com objetividade, independência, estabilidade e regularidade.
A comunicação social é parceira e mediadora para informação e formação de uma opinião pública qualificada. É preciso assegurar a sua valorização e salvaguardar a sua independência. É preciso dar espaço à sociedade.
Neste sentido, o Governo:
• colocará a análise, gestão e fiscalização das candidaturas aos apoios públicos à Comunicação Social, e subsequente financiamento, na competência de uma estrutura desgovernamentalizada, a qual obrigatoriamente integrará também representantes das empresas;
• dotará de financiamento adequado os programas de apoio à comunicação social privada;
• enquadrará nas ajudas públicas os investimentos que complementam a dimensão multimédia dos produtos informativos;
• majorará os apoios à difusão, nomeadamente os que fazem recurso às plataformas digitais;
• financiará ações formativas e outros eventos que promovam a atualização e o desenvolvimento das competências profissionais dos agentes de comunicação social.
O serviço público de rádio e televisão é indispensável numa região de características arquipelágicas, como a nossa. Sobretudo nas ilhas sem estúdio próprio, que não podem ser ilhas sem a sua própria voz.
Também aqui, importa articular e partilhar a responsabilidade da República e da Região pelo reforço de meios que se impõe.
Neste sentido, o Governo:
• alocará anualmente uma verba, nunca inferior a 15% da consignada à comunicação social privada, destinada a investimentos de natureza estratégica, individuais ou comuns, para a prestação do serviço público de rádio e televisão nos Açores e bem assim da cobertura informativa a cargo da agência de notícias pública;
• criará, no futuro Quadro Financeiro Plurianual, uma linha de financiamento destinada à modernização e expansão das estruturas de produção e rede de difusão da RTP nos Açores;
• financiará ações formativas e outros eventos que promovam a atualização e o desenvolvimento das competências profissionais dos colaboradores da Rádio e Televisão de Portugal e da LUSA - Agência de Notícias de Portugal em exercício de atividade nos Açores.
O Governo extinguirá o Gabinete de Apoio à Comunicação Social – GaCS.”