Açoriano Oriental
Processo só será revertido com pressão sobre o Senado
O líder do PSD nos Açores considerou que a redução da presença militar norte-americana na Base das Lajes só será revertida com pressão junto do Senado dos Estados Unidos, sobretudo por parte das comunidades de emigrantes açorianos.

Autor: Lusa/AO Online

 

"É uma situação muito delicada que ultrapassa claramente os governos, que parte daquilo que é uma decisão unilateral dos Estados Unidos da América e nós temos uma última oportunidade para tentar de alguma forma fazer reverter esta situação", salientou Duarte Freitas, em declarações aos jornalistas, à margem de uma sessão de esclarecimento na freguesia das Lajes, na ilha Terceira, na sequência de uma visita aos Estados Unidos.

Segundo o líder regional social-democrata, o retrocesso da decisão da administração norte-americana de reduzir ao mínimo a presença militar na Base das Lajes está dependente da pressão que as comunidades emigrantes conseguirem fazer junto do Senado, com especial destaque para os senadores de Rhode Island, Massachusetts e Califórnia, onde a comunidade açoriana é mais expressiva.

"Há um senador que poderá vir a ser a chave deste processo, o senador Jack Reed, de Rhode Island, possivelmente o próximo presidente da comissão de Defesa do Senado", frisou.

Duarte Freitas salientou que a Câmara dos Representantes norte-americano já há "unanimidade" na intenção de travar o processo, até que seja feita uma avaliação das bases europeias, considerando que "é preciso que no Senado exista a mesma postura e que em vez de se defender uma decisão da administração americana, se possa defender os interesses de uma nação amiga".

"Nunca virámos as costas aos Estados Unidos e agora não compreendemos que os Estados Unidos possam manter forças noutros países e diminuir aqui nos Açores, onde existe um espaço geoestratégico de primordial importância e sem qualquer espaço repetido na Europa", sublinhou.

O líder regional social-democrata destacou a "unanimidade" que existe entre as forças políticas nos Açores sobre esta matéria, mas lembrou que a redução da presença militar norte-americana na Base das Lajes é "das situações mais delicadas", na região, nos próximos tempos.

"Em vez de andarmos a empurrar culpas de uns para os outros, temos de tentar No final do ano passado, a administração norte-americana anunciou a intenção de reduzir o efetivo norte-americano na Base das Lajes ao mínimo, prevendo manter apenas 160 militares, sem famílias, o que levaria ao despedimento de cerca de três centenas de trabalhadores portugueses, a partir de outubro de 2014.todos falar à mesma voz, Governo dos Açores, Governo da República e principais partidos", alertou, lembrando que a Força Aérea norte-americana encarou mal a pressão política, tendo já iniciado algumas diminuições "antes do que estava previsto".

 

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