Autor: Lusa/AO Online
Na terça-feira à noite, poucas horas depois do acordo sobre a distribuição dos cargos de topo da União Europeia decidido em Bruxelas pelos chefes de Estado e de Governo dos 28, que atribui aos socialistas a presidência da assembleia na primeira metade da legislatura (ou seja, dois anos e meio), o grupo dos socialistas e democratas (S&D) decidiu ‘eleger’ Sassoli, até agora um dos vice-presidentes da assembleia europeia.
O grupo socialista ‘ignorou’ assim a recomendação vinda desde Bruxelas, que apontava para o nome do búlgaro Sergei Stanishev, presidente do Partido Socialista Europeu (PSE).
Apesar de se apresentarem outros três candidatos à presidência da assembleia – a alemã Ska Keller, pelos Verdes, a espanhola Sira Rego, do Grupo da Esquerda Unitária, e o checo Jan Zahradil, pelos Conservadores e Reformistas Europeus -, é praticamente certa a eleição de Sassoli, dado o entendimento entre as três maiores famílias políticas europeias.
Face a esse entendimento, que prevê que na segunda metade do mandato seja um membro do Partido Popular Europeu a ocupar a presidência do Parlamento Europeu, as bancadas do PPE e do Renovar a Europa (liberais), primeira e terceira maiores dos hemiciclos, não apresentaram candidatos à eleição de hoje.
Ao fim de uma ‘maratona’ negocial, que se prolongou em Bruxelas ao longo de três dias, os chefes de Estado e de Governo da União Europeia chegaram a acordo sobre as nomeações para os cargos institucionais de topo, designando a alemã Ursula von der Leyen para a presidência da Comissão Europeia.
O compromisso entre os 28 contempla ainda a nomeação do primeiro-ministro belga em funções, o liberal Charles Michel, para a presidência do Conselho Europeu, do ministro espanhol dos Negócios Estrangeiros, o socialista Josep Borrell, como Alto Representante da UE para a Política Externa e ainda da francesa Christine Lagarde para o Banco Central Europeu.
Não cabendo ao Conselho a
responsabilidade da escolha do presidente do Parlamento Europeu, ficou,
todavia, acordado o modelo seguido há muito, de repartição da
presidência da assembleia entre as duas maiores famílias políticas.
Para ser eleito, um candidato tem de obter a maioria absoluta dos votos expressos, ou seja, pelo menos 50% mais um, sendo que os votos brancos ou nulos não são tidos em conta para calcular a maioria necessária.
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