Açoriano Oriental
Obama critica "política dos duros" e pede respeito pelos direitos humanos

O antigo presidente norte-americano Barack Obama criticou esta terça-feira a “política dos duros”, exortando as pessoas em todo o mundo a respeitarem os direitos humanos e outros valores ameaçados.

Obama critica "política dos duros" e pede respeito pelos direitos humanos

Autor: Lusa/AO Online

Sem mencionar o seu sucessor na presidência dos Estados Unidos, Obama contestou, num discurso assinalando os 100 anos do nascimento de Nelson Mandela, muitas das políticas de Donald Trump, encorajando as pessoas a manterem vivas ideias defendidas por Mandela, incluindo a democracia, a diversidade e a tolerância.

Dirigindo-se a uma multidão de cerca de 14.000 pessoas reunidas num estádio em Joanesburgo, o ex-presidente dos Estados Unidos disse que os tempos são “estranhos e incertos” com regulares manchetes “perturbadoras”.

“Vemos grande parte do mundo em risco de regressar a uma forma mais perigosa e brutal de fazer as coisas”, disse.

Obama criticou os líderes que utilizam “políticas do medo, do ressentimento”, adiantando que tal acontece “a um ritmo inimaginável há apenas alguns anos”.

A “política dos duros” é a dos que “no poder procuram minar todas as instituições … que dão significado à democracia”, adiantou.

“Não estou a ser alarmista, estou apenas a expor factos. Olhem à vossa volta”, disse ainda.

O antigo chefe de Estado norte-americano criticou ainda a “total falta de vergonha dos líderes políticos que quando são apanhados a mentir persistem e mentem ainda mais” e advertiu que a negação dos factos pode ser a ruína da democracia.

O discurso de Obama, o de maior carga política desde que deixou as funções de presidente, foi divulgado em direto na Internet.

Obama tem evitado fazer comentários públicos sobre Trump, cuja administração reverteu ou atacou realizações do seu antecessor, como o acordo de Paris sobre o clima ou o acordo nuclear com o Irão.

O primeiro presidente negro dos Estados Unidos via Mandela como um mentor e muitos sul-africanos consideram-no um sucessor de Mandela (o primeiro presidente negro da África do Sul) devido ao seu papel inovador e à sua defesa da igualdade racial em todo o mundo.


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