Nova Plataforma Europeia contra cancro do pâncreas apresentada hoje no Porto

A Plataforma Multissectorial Europeia sobre Cancro do Pâncreas, criada para chamar a atenção sobre aquele tumor maligno, é apresentada hoje, Dia Mundial do Cancro do Pâncreas, no Instituto de Patologia e Imunologia Molecular (Ipatimup), no Porto.


 

Criada há cerca de um ano, a plataforma é composta por um grupo de fundações, universidades, centros nacionais de registos, investigadores, cirurgiões, epidemiologistas, oncologistas, médicos de família, representantes dos doentes, membros do Parlamento Europeu do Movimento Contra o Cancro e membros da direção-geral da saúde da União Europeia, de gastrenterologistas e da indústria farmacêutica, explicou à Lusa Vítor Neves, da Europacolon, uma das associações que pertence a este movimento mundial.

A Plataforma Multissectorial Europeia sobre Cancro do Pâncreas é apresentada no auditório do Ipatimup, no Porto, durante a conferência denominada “Perspetivas futuras, a atualidade e áreas de incerteza no cancro do pâncreas”, uma iniciativa do Ipatimup e da Europacolon para assinalar o Dia Mundial do Cancro do Pâncreas em Portugal e onde estarão presentes doentes com aquele tumor maligno que sobrevivem à doença há vários anos.

A plataforma visa “aumentar os níveis de prevenção, elaborar um registo oncológico relativamente ao cancro do pâncreas, identificar entidades onde existam ensaios clínicos e identificar os centros de tratamento, explicou Vítor Neves, sublinhando que, se houver um maior controlo através dos médicos de família no sentido de reduzirem o tempo entre os exames de rotina, aumenta-se a prevenção, que é o meio ideal para controlar a doença, explicou Vítor Neves.

O registo de cancro do pâncreas em Portugal está a aumentar, com 1.400 novos casos por ano, e a taxa de sobrevivência global aos cinco anos deste tumor maligno é de apenas 5%, indica a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

A predisposição familiar para o cancro do pâncreas é um fator de risco, assim como o tabagismo crónico, que aumenta duas a três vezes a probabilidade de haver cancro do pâncreas, a ingestão de gorduras, obesidade e o sedentarismo.

Dor ou desconforto abdominal, falta de apetite, emagrecimento e cansaço são também indicadores a ter em atenção, segundo a Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia.

O cancro do pâncreas é, de todos os cancros, o que tem a taxa de sobrevivência mais baixa e, sem melhorias no diagnóstico, prevê-se que venha a tornar-se a segunda principal causa de morte por cancro em 2030.

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