Autor: Lusa/AO online
Segundo dados reunidos pela Efe, morreram mais de 20 linces ibéricos em 2013 e “pelo menos 14 morreram por atropelamento”, o que se transforma num "duro golpe" para a recuperação de uma espécie em perigo de extinção e que registou uma baixa natalidade no mesmo ano.
Oito dos linces ibéricos que morreram atropelados eram machos e as outras seis eram fêmeas. Pelo menos metade dos 14 animais mortos eram exemplares em fase adulta.
Metade dos linces ibéricos que morreram em Espanha foram atropelados na estrada, na zona do parque de Doñana (Andaluzia, sul de Espanha), enquanto os restantes felinos foram atropelados em estradas de Jaén e Córdoba. Um último lince foi morto numa estrada na cidade Real, na fronteira entre Andaluzia e Castelo de La Mancha.
Os atropelamentos foram, mais uma vez, a principal causa conhecida da morte do lince ibérico.
A duplicação do número de linces atropelados em 2013, coincidiu com uma diminuição na taxa de natalidade destes animais, e com a diminuição da população de coelhos bravos, o seu alimento básico.
Segundo a Efe, a população selvagem dos linces ibéricos terá sofrido em 2013, pelo segundo ano consecutivo, uma redução, pois dos 305 exemplares contabilizados nos censos de 2012, registaram-se menos sete em relação aos censos de 2011.
A evolução complicada do felino em liberdade durante o ano de 2013 foi contrabalançada com o número de linces bebés que nasceram em cativeiro e que em 2013 atingiu os 44 linces sobreviventes.