Autor: Lusa/AO Online
“Se se confirmar aquilo que é a avaliação feita neste momento, felizmente estaríamos mais longe do risco de uma escalada do conflito, o que significaria o agravamento da situação de guerra existente”, disse Marcelo Rebelo de Sousa aos jornalistas, à margem das comemorações do centenário de José Saramago, em Mafra.
Para o Presidente da República, “independentemente de o míssil ser de A, B ou C, era fundamental que quem desencadeou a guerra deixasse de conduzir operações de guerra para que se pudesse estudar a hipótese de caminhar para a paz”.
O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO), Jens Stoltenberg, garantiu hoje que a Aliança Atlântica “está preparada” para incidentes como o da Polónia, exortando os Aliados a mobilizarem mais apoio aéreo para a Ucrânia.
Depois de admitir que a explosão que matou duas pessoas na Polónia “foi provavelmente causada” por um míssil ucraniano, ressalvando que “não é culpa da Ucrânia”, o secretário-geral da NATO garantiu que os sistemas de defesa aérea da Aliança Atlântica “são criados para se defenderem contra ataques a toda a hora”.
O Presidente polaco, Andrzej Duda, admitiu hoje que o míssil que matou duas pessoas na Polónia, na terça-feira, “tenha sido lançado pela Ucrânia”, mas disse que nada indica que tenha sido um “ataque intencional”.
Andrzej
Duda declarou que a Polónia não vai invocar o artigo 4.º da NATO que
prevê consultas entre aliados sempre que esteja ameaçada a "integridade
territorial, a independência política ou a segurança" de qualquer dos
Estados-membros da Aliança Atlântica.