Açoriano Oriental
Maioria socialista nos Açores chumba propostas sobre qualidade de refeições escolares
A maioria socialista no parlamento dos Açores chumbou esta quinta-feira uma proposta do BE sobre a qualidade nutricional das cantinas escolares, depois de na quarta-feira ter chumbado uma outra do PCP que pretendia incentivar o consumo de peixe nas escolas.
Maioria socialista nos Açores chumba propostas sobre qualidade de refeições escolares

Autor: Lusa/AO Online

 

A proposta do Bloco de Esquerda recomendava que as escolas públicas da região aplicassem, no prazo de seis meses, critérios de qualidade nutricional nas refeições fornecidas nas cantinas e que esses critérios passassem a ser tidos em conta em futuras adjudicações de refeições escolares.

"Os preços praticados pelas empresas fornecedoras de refeições escolares são, claramente, incompatíveis com a qualidade e equilíbrio nutricional", justificou a deputada do BE, Zuraida Soares, durante a apresentação da proposta.

A parlamentar lamenta que o critério que impera na adjudicação das refeições escolares seja o preço apresentado pelos concorrentes e não outros parâmetros, como a qualidade da alimentação.

O secretário regional da Educação e Cultura, Avelino Meneses, considerou, no entanto, que o nível de qualidade nutricional das escolas açorianas "é bom" e deu como exemplo a sua experiência pessoal.

"Da última vez que fui a uma cantina, comi como se estivesse em casa", recordou o governante, acrescentando que não acredita que lhe tivessem preparado um prato especial apenas por ser o titular da pasta da Educação nos Açores.

A outra proposta, da autoria do PCP, defendia a criação de um programa de incentivo ao consumo de peixe nas cantinas, com um apoio público aos estabelecimentos de ensino no valor de 80 cêntimos por aluno, para fazer face aos custos com a aquisição do pescado.

A proposta comunista foi criticada por Catarina Furtado, do PS, que entende que se trata de uma medida "experimental", que, segundo as suas contas, poderia representar um custo adicional de 1,9 milhões de euros por ano.

"Seria um aumento brutal e incomportável", adiantou Avelino Meneses, lembrando que a maioria dos alunos das escolas "troca a refeição de peixe" pelos ‘snack-bar’ mais próximos.

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