Autor: Lusa/AO online
"No fundo, a ideia é pensar em empresas e negócios que consigam produzir a nível local tudo aquilo de que necessitam ao máximo. Por exemplo, na agricultura não estarem dependentes do que vem de fora, nomeadamente dos adubos e dos petroquímicos. Há coisas que se podem fazer ao nível de agricultura biológica que reduzem essa dependência", afirmou o candidato à Assembleia da República, em declarações à Lusa.
Pedro Alves visitou hoje, no concelho da Ribeira Grande, a Gorreana, que é a maior das duas fábricas de chá de São Miguel e que produz chá preto e verde, com 32 hectares de plantação, considerando que os moldes seguidos pela fábrica podiam "ser adotados" em muitos outros projetos nos Açores.
"Este é um projeto que tem algumas particularidades interessantes, sobretudo ao nível da sustentabilidade energética, porque eles produzem a sua própria energia elétrica e quando muitas produções de chá fecharam eles conseguiram sobreviver exatamente por isso", salientou, defendendo que a matéria-prima e tudo o seja necessário à produção deve ser local, deixando riqueza no arquipélago, potenciando a criação de postos de trabalho e aumentando a qualidade dos produtos, com benefícios para a saúde.
Quanto à campanha, o cabeça de lista pelos Açores disse que "tem corrido bem", tanto mais que se trata de "um partido com poucas possibilidades e sem apoios como têm os grandes partidos".
"Mas temos uma equipa bastante motivada e com muita vontade para que no dia 04 de outubro haja uma diferença e para que não sejam mais quatro anos de arrependimento", declarou Pedro Alves.
A campanha tem passado sobretudo pelas ilhas de São Miguel e Terceira, tendo o candidato frisado que nota "um cansaço" do eleitorado perante estratégias de marketing político que deixam as pessoas confusas.
"Há muito este sentimento de que já não vale a pena votar e o nosso trabalho é mostrar um pouco às pessoas que vale a pena votar e a luta é também a partir do dia 04", disse Pedro Alves.