Açoriano Oriental
Em visita ao distrito de Évora
José Sócrates faz elogio do Alqueva
O primeiro-ministro, José Sócrates, fez o elogio do Alqueva como um “grande projecto estruturante” para o desenvolvimento do país, homenageando os alentejanos por nunca terem deixado de “lutar” pela construção da barragem.
José Sócrates faz elogio do Alqueva

Autor: Lusa / AO online
As declarações do Chefe do Governo foram proferidas após ter accionado o botão que permitiu a primeira transferência de água de Alqueva para abastecimento público, através da Barragem do Monte Novo, perto de Évora.
A iniciativa “Governo Presente”, que decorre hoje sábado, leva José Sócrates, acompanhado de vários ministros, a quatro concelhos do distrito de Évora, três deles de gestão socialista (Évora, Reguengos de Monsaraz e Borba) e um de maioria CDU (Arraiolos).
Depois de ter carregado no botão, accionando as bombas hidráulicas da estação elevatória de água, José Sócrates afirmou que Alqueva está a ter consequências “muito positivas” no desenvolvimento económico do Alentejo e do país.
“O Alqueva é hoje uma marca muito importante de atracção de investimento para esta região”, garantiu o primeiro-ministro, referindo-se às componentes turística e de regadio do projecto.
Lembrando os adversários do empreendimento, José Sócrates congratulou-se por o “grande projecto ter ido, felizmente, para a frente, mercê da força e da confiança dos alentejanos”.
José Sócrates prometeu que o projecto de Alqueva estará concluído em “finais de 2012” e que as obras necessárias para o abastecimento de água às populações dos distritos de Évora e Beja terminam em 2009.
“O Alentejo estará seguro em termos de abastecimento público”, afirmou o Chefe do Governo, garantindo que eventuais períodos de seca “não significarão falta de água nas torneiras”.
A cerimónia de hoje, que permitiu a primeira transferência de água de Alqueva com destino ao abastecimento público, foi apelidada por José Sócrates como um “marco simbólico e muito importante” no percurso do empreendimento de fins múltiplos.
Além do abastecimento público de água, o primeiro-ministro destacou ainda as restantes valências do projecto, como o regadio, a produção de energia hidroeléctrica ou o turismo.
Quanto ao turismo, José Sócrates considerou o Alqueva com um “pólo turístico de excelência”, congratulando-se com as intenções de investimento na área abrangida pela albufeira.
Tanto na área do turismo, como da agricultura, o primeiro-ministro fez questão de deixar uma “palavra de confiança” aos investidores interessados na região.
A transferência de água de Alqueva para a Barragem do Monte Novo, próxima de Évora, vai permitir abastecer 70 mil habitantes dos concelhos de Évora, Reguengos de Monsaraz e de Mourão.
Até 2009, as águas de Alqueva, que será o maior lago artificial da Europa, vão abastecer, progressivamente, as casas de dois terços dos habitantes (200 mil) dos distritos de Évora e Beja, numa operação que, em caso de emergência, poderá começar a qualquer hora.
Não obstante o abastecimento público ter sido a valência hoje em foco, o Alqueva, há quase seis anos a encher, já produz energia e rega 8.811 hectares (ha), prevendo atingir os 110 mil hectares até finais de 2012.
Com as várias obras, concluídas, em curso ou a lançar, a empresa gestora do Alqueva garante que serão criadas as condições para alcançar a meta de 53.187 ha de regadio estabelecida para 2009.
Com as comportas fechadas desde 08 de Fevereiro de 2002, o Alqueva, à cota máxima de enchimento (152), vai armazenar 4.150 hectómetros cúbicos de água, tornando-se então o maior lago artificial da Europa com uma área de 250 quilómetros quadrados e cerca de 1.100 quilómetros de margens.
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