Açoriano Oriental
Jardim critica "clima contra a Madeira" e "incompetência" da oposição
O líder do PSD-Madeira, Alberto João Jardim, criticou hoje os interesses que em Lisboa “montaram um clima contra a Madeira” e a “incompetência” dos partidos da oposição na região.
Jardim critica "clima contra a Madeira" e "incompetência" da oposição

Autor: Lusa/AO Online

Num comício na Calheta (zona oeste da Madeira), o primeiro da campanha eleitoral para as legislativas de 09 de outubro, Jardim pediu aos madeirenses que não confundam os portugueses e os naturais de Lisboa com os interesses económicos, financeiros e políticos instalados na capital do país, sublinhando terem sido estes que “montaram um clima contra a Madeira, porque a Madeira foi sempre contra o regime político que instituíram com a Constituição de 76”.

“Sempre que podem, tentam mentir a nosso respeito e nos humilhar. O povo madeirense não se deixa humilhar e vai dar uma grande resposta a 09 de outubro”, disse o líder regional, apontando que será “uma maioria esmagadora” do PSD-M.

Jardim acrescentou que “uma das mentiras com que pretendem dizer mal, diminuir, humilhar o povo madeirense é dizer que há défice democrático na Madeira” e argumentou que a pluralidade na campanha eleitoral e nos órgãos de comunicação social é uma demonstração de que tal situação não se verifica no arquipélago.

“Tem piada que é precisamente aqui na Madeira que há comunicação social para todos os gostos, a oposição tem mais tempo na televisão que o partido que está no Governo, e aquela gente sem vergonha ainda acusa de défice democrático quando lá vão todos para o mesmo lado e a comunicação social é completamente dominada pela esquerda”, sustentou Alberto João Jardim.

Rematou que “é no continente que há o pensamento único”.

“Nós fizemos a autonomia, a democracia, tenho muito orgulho, não me aborreço que haja oposição e imprensa da oposição. Tenho muito orgulho que a autonomia tenha construído uma democracia à maneira europeia”, frisou.

Jardim aproveitou a ocasião para salientar que a construção de um novo hospital não é um projeto viável neste contexto de crise, ao contrário das promessas do CDS.

“O que o povo precisa não é de paredes novas e teto novo, é de ter um bom hospital a funcionar”, defendeu. Acrescentou que a solução de ampliar o atual vem de encontro à orientação do ministro da Saúde que suspendeu alguns projetos.

Depois voltou as baterias para os partidos da oposição regional, mencionando que anda na politica há 30 anos, mas os outros “estão quase ao mesmo tempo” nestas lides e nos sucessivos atos eleitorais “vão levando e vão ficando, nenhum deles tem a idoneidade de se demitir”.

“Um governo governa melhor quando tem uma boa oposição. Uma boa oposição constitui uma alternativa democrática de governo. Onde é que está alternativa aqui?”, questionou.

O presidente do PSD-M criticou a “originalidade” da Madeira, de ser o único lugar do mundo onde os partidos que se apresentam a eleições “não vêm dizer que vão ser poder, não estão para ganhar, mas para tirar a maioria absoluta… isto é uma loucura, uma incompetência”.

E perguntou se os responsáveis dessas forças políticas se vão demitir em caso de derrota a 09 de outubro “para deixar entrar pessoas mais capazes”.

Voltou a mencionar os seus quatro objetivos: a recuperação das finanças com base num “acordo financeiro” com o Governo da República, terminar as obras, garantir o Estado social e o alargamento da autonomia política.

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