Autor: Arthur Melo
Abílio Batista, de 73 anos, faleceu ontem no Hospital Divino Espírito Santos, em Ponta Delgada, local onde se encontrava internado há algum tempo devido a doença prolongada.
Antigo
dirigente e treinador com créditos firmados no futebol micaelense e
açoriano, Abílio Batista vai ficar para sempre ligado à história da
modalidade por ter sido o líder associativo que mais se bateu pelo fim
da limitação de três clubes dos Açores na extinta III Divisão Nacional. A
limitação terminou em 1990 e coincidiu quase em simultâneo com a sua
eleição para presidente da Associação de Futebol de Ponta Delgada
(AFPD), cargo que desempenhou até ao ano de 2001.
Até então, Batista
tinha presidido a várias Comissões de Gestão do organismo que tutela o
futebol nas duas ilhas do grupo Oriental, desempenhando o cargo com
grande determinação e uma frontalidade fora do comum. Esta postura
destemida, de homem de ideias muito fortes e vincadas, colheu enorme
respeito junto dos seus pares associativos, mas também entre os colegas
que habitualmente com ele privavam nas quentes assembleias gerais (AG)
da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Foi, de igual modo, na
intransigente defesa do futebol açoriano que concluiu com grande sucesso
o projeto da criação da Série Açores da III Divisão nacional,
campeonato que foi aprovado, em AG da FPF, a 25 de janeiro de 1995.
Como
dirigente, Abílio Batista foi também presidente do Benfica Águia Sport
Club, clube no qual assumiu também as funções de treinador, liderando as
‘águias’ da cidade da Ribeira Grande a vários títulos micaelenses e
açorianos. De igual modo também foi treinador do Sporting Clube Ideal,
conquistando ao serviço dos ‘leões’ da cidade nortenha alguns títulos
micaelenses.
Esteve ligado ao Clube Asas do Atlântico, na ilha de
Santa Maria, foi fundador da Rádio Nova Cidade e presidiu à direção do
Instituto Margarida de Chaves.
O funeral de Abílio Batista realizou-se esta manhã, na Ribeira Grande.