Açoriano Oriental
Venezuela
Governo português preocupado, mas sem registo de portugueses detidos

O Governo português está a acompanhar a “situação delicada” na Venezuela, no seguimento da divulgação dos resultados eleitorais, não existindo até ao momento registo de portugueses envolvidos ou detidos em protestos.

Governo português preocupado, mas sem registo de portugueses detidos

Autor: Lusa/AO Online

Em declarações à agência Lusa, o secretário de Estado das Comunidades Portuguesa, José Cesário, indicou que o executivo português está “a seguir com toda a atenção a evolução da situação”, reconhecendo que a mesma é “delicada”.

“Evidentemente que estamos preocupados, mas também sabemos que até este momento não temos notícia de qualquer português alvo de qualquer situação que pudesse por em causa a sua própria segurança”, adiantou.

O Governo português mantém a recomendação para a comunidade evitar deslocações que não sejam urgentes e José Cesário apela a que não participe que “qualquer tipo de ato público que se possa traduzir numa alteração da ordem”.

“As pessoas devem manter-se em casa e evitar envolver-se em qualquer tipo de confusão", sublinhou.

No seguimento da divulgação dos resultados eleitorais, que apontam para a reeleição do Presidente Nicolás Maduro, registaram-se vários protestos, nos quais já foram detidas cerca de 750 pessoas, conforme anunciou hoje o procurador-geral.

“Um número preliminar de 749 delinquentes detidos”, disse Tarek William Saab em declarações à imprensa, acrescentando que a maioria foi acusada de “resistência à autoridade” e “em casos mais graves, de terrorismo”.

Segundo as autoridades, pelo menos três pessoas morreram e dezenas ficaram feridas nos protestos em várias cidades da Venezuela, país onde vivem cerca de 600 mil portugueses e lusodescendentes.

O Conselho Nacional Eleitoral da Venezuela (CNE) concedeu a vitória ao Presidente Maduro com pouco mais de 51% dos votos, à frente do principal candidato da oposição, Edmundo González, que terá obtido 44% dos votos.

A oposição e parte da comunidade internacional duvidam destes resultados e exigem mais transparência e uma análise das atas eleitorais.


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