Governo dos Açores deve 40 ME em indemnizações compensatórias, diz a SATA

O secretário regional dos Transportes dos Açores disse sexta-feira que estão certificados 35 dos 40 milhões de euros que a SATA pede ao executivo regional em indeminizações compensatórias, 20 milhões dos quais serão pagos à empresa em 2015.


Vítor Fraga falava aos jornalistas no final de uma audição na comissão de economia do parlamento açoriano, durante a qual foi apresentado aos deputados o plano estratégico da SATA até 2020.

O documento, segundo explicou Vítor Fraga, diz que a dívida do Governo Regional à SATA é de 40 milhões de euros a que acrescem mais três milhões “que proveem de reequilíbrios financeiros solicitados” pela empresa ao executivo regional por ter feito mais 10% de voos do que os mínimos estabelecidos nas obrigações de serviço público.

Esses três milhões "estão a ser analisados e na devida altura serão certificados e a empresa será informada se serão ou não contemplados", afirmou.

Há ainda um trimestre, que venceu a 31 de dezembro, que a empresa incorpora na sua dívida de 2014, mas que para só entra nas contas da região em 2015, disse ainda.

O plano estratégico da SATA refere que os governos da República e dos Açores devem um total de 63 milhões de euros à empresa, ou seja, o equivalente a metade da sua dívida financeira à banca.

A empresa, que assume no documento a sua "deterioração económico-financeira" nos últimos anos, diz que vai avançar em 2015 com um “processo de reestruturação financeira" que inclui linhas de crédito de curto e médio prazo e uma outra “subordinada” à regularização, por parte dos governos da República e dos Açores, dos montantes que devem à SATA.

A expetativa da SATA é que, no que toca à dívida da República, esta seja totalmente saldada em 2015, disse o presidente do Conselho de Administração da SATA, Luís Parreirão, numa conferência de imprensa hoje em Ponta Delgada.

Nas mesmas declarações que fez aos jornalistas, o secretário regional dos Transportes afirmou que o plano estratégico da SATA até 2020 garante que a empresa está “preparada para os desafios do futuro, que está preparada para atuar no novo ecossistema que está à porta”, com a concorrência.

Por outro lado, dota-a “de mecanismos que permitem uma maior flexibilidade”, explorar “novas oportunidades de negócio” que podem surgir no âmbito da liberalização do transporte e dar resposta às “expetativas” em termos de acessibilidade e mobilidade “de todos os açorianos”, afirmou.

Também o PS, através do deputado Francisco César, elogiou o plano apresentado pela SATA, considerando que prepara a empresa para “os desafios que o futuro coloca”.

Para o deputado, o plano tem a preocupação de “garantir o equilíbrio e a competitividade da SATA, servindo os Açores e garantindo que os trabalhadores, que têm um peso muito grande na economia açoriana, não saiam prejudicados”.

O socialista destacou que nenhum trabalhador com “vínculo permanente” na SATA será “prejudicado”.

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