Açoriano Oriental
Futuro do Boavista discutido em duas Assembleias Gerais da SAD
O Boavista discute  hoje em Assembleia Geral, as contas da SAD referentes à época 2006/2007

Autor: Lusa/AO
O Boavista discute hoje em Assembleia Geral, as contas da SAD referentes à época 2006/2007 e amanhã a possível entrada de investidores e o aumento do capital da sociedade, que se situa nos 11 milhões de euros.
A segunda das duas assembleias, marcada para 19h30, na Galeria da Bancada Topo Norte do Estádio do Bessa, no Porto, pode ficar para a história do clube, com a discussão sobre a eventual cedência a um ou mais parceiros externos de parte do capital da SAD detida pelo Boavista.
O Boavista possui pouco mais de 50 por cento do capital da SAD e a actual Direcção, eleita no dia 17 de Novembro e presidida por Joaquim Teixeira, mostra-se disponível para abdicar dessa maioria, para, em troca, garantir uma injecção financeira ainda não especificada, mas crucial para o futuro do clube.
Teixeira assegurou à Agência Lusa que "o Boavista Futebol Clube nunca perderá o controle da SAD", até porque conservará o poder de designar o respectivo Conselho de Administração, que pode ter "um mínimo de três elementos e um máximo de cinco".
O dirigente adiantou, a 07 de Dezembro, que o possível investidor "é um dos dez maiores bancos do mundo, através de um fundo de investimento", e, nos últimos dias, revelou haver "mais do que um interessado" em investir numa instituição que tem um passivo acumulado de 72 milhões de euros, entre clube (46) e SAD (26).
Se as contas do clube foram conhecidas ainda durante a presidência de João Loureiro, e foram apuradas pelo anterior Conselho Fiscal, presidido por José Lello, as contas da SAD só quarta-feira serão apreciadas em Assembleia Geral.
A "Introdução ao Relatório e Contas", apresentada por João Loureiro, a 04 de Novembro, apresenta um lucro de 38.297 euros, um "cash-flow" positivo de 636.677 e um passivo de 26.987.384, menos 3.753.706 euros do que no exercício anterior.
Teixeira aposta numa estratégia diversificada para fazer face ao sufoco financeiro que ameaça o Boavista: além do aumento do capital da SAD, o dirigente pretende obter receitas, por exemplo, vendendo direitos relacionados com o nome do clube e atraindo para o Bessa alguns eventos.
A outra Assembleia Geral, que se realiza no Estádio do Bessa, quarta-feira, é a continuação da que foi suspensa a 4 de Novembro, altura em que João Loureiro apresentou a "introdução" ao relatório e contas da SAD e informou que abandonaria a presidência deste órgão no dia 7.
Desde então, a SAD "axadrezada" encontra-se sem administração, porque Teixeira disse que não assumiria quaisquer responsabilidades enquanto não conhecesse as contas respectivas, tendo entretanto Álvaro Braga Júnior sido nomeado "gestor de negócios" do organismo.
Joaquim Teixeira apresenta agora um discurso confiante sobre o Boavista, alegando que "o clube já bateu no fundo e encontra-se já na fase ascendente".
Além dos problemas financeiros correntes, de que o exemplo público mais recente foi o pagamento parcial (cerca de 40 por cento) de mês e meio de salários em atraso aos seus futebolistas, o Boavista ainda não resolveu a questão dos passes dos sete jogadores penhorados pelo Fisco por várias dívidas.
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