Açoriano Oriental
Tradição
"Fazer o presépio de outros tempos já não é fácil"
Bonecos de barro pintados à mão, arbustos diversos e muito musgo e verdura são “ingredientes” tradicionais que começam a ser cada vez mais raros nos presépios dos nossos dias. O Açoriano Oriental foi tentar perceber porquê
"Fazer o presépio de outros tempos já não é fácil"

Autor: Luísa Couto
Na casa da família de Inês Lopes, na costa norte da ilha de São Miguel, há vários anos que se repete um “ritual” que se arrasta geração após geração...

O primeiro feriado de Dezembro é aproveitado para ir recolher mugo e pequenos arbustos para que o presépio possa ganhar forma, tal qual era concebido nos seus tempos de infância.

“A minha começava muito cedo a dar retoques nos bonecos de barro que, dada a fraca qualidade da tinta,após o contacto com o musgo, de ano para ano, perdiam cor. Aproveita-se também os pedaços de cartão mais resistente para fazer muralhas e outras decorações. Depois era altura de recorrer pequenos arbustos, pedaços de cascalho vermelho e outros materiais que serviam para conferir um imagem de magia àquela pequena vila que se criava num canto da sala. Hoje em dia, apesar do esforço certos hábitos estão a mudar.Dada a azáfama do dia-a-dia, se não tirar este dia (ou o feriado da Senhora da Conceição) para fazer o presépio, depois é sempre mais complicado!. E ainda que a chuva que ontem se fez convidada pouco tenha ajudado, Inês e a filha Lúcia dizem sempre ter “conseguido qualquer coisa” para o tão apreciado presépio.


Leia na íntegra esta notícia na edição imprensa de Quarta-Feira, Dia 2 de Dezembro de 2009
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