Açoriano Oriental
"Farfalha" condenado a 11 anos de prisão por crimes de índole sexual

Um antigo pintor de construção civil conhecido por "Farfalha" foi condenado a 11 anos de prisão num processo em que foi acusado dos crimes de violação, abuso sexual e recurso à prostituição de menores. Notícia atualizada às 17h35


"Farfalha" condenado a 11 anos de prisão por crimes de índole sexual

Autor: Lusa/AO Online

A sentença foi proferida, esta segunda-feira, no Tribunal Judicial de Ponta Delgada, tendo o homem de 52 anos sido condenado pelos crimes de recurso à prostituição de menores, coação sexual e tráfico de estupefacientes agravado.

O crime de violação não ficou provado.

A condenação inclui também o pagamento de indemnizações às três vítimas, no valor global de 13.500 euros.

O arguido já tinha sido condenado em 2005 num caso de pedofilia na ilha de São Miguel e em outubro de 2019 voltou a tribunal para ser julgado, à porta fechada, pela prática de três crimes de violação de menores, um crime de coação sexual de menor, dois crimes de recurso à prostituição de menores e um crime de tráfico de estupefacientes agravado.

Os factos deste novo caso remontam a 2017, altura em que os três ofendidos tinham 17 anos de idade.

Na leitura do acórdão, a juíza sublinhou que o tribunal "não tinha razões para duvidar dos factos" relatados pelas vítimas, embora o arguido tenha negado todas as acusações.

Dirigindo-se ao arguido, após a leitura do acórdão, a juíza lembrou que o homem já tinha sido condenado por atos sexuais com menores.

“Esta decisão não podia ser de outra forma, os menores são para respeitar”, frisou a juíza, referindo, durante a leitura do acórdão, os relatos das vitimas.

O arguido, que está aposentado por invalidez, tinha sido condenado em 2005 a uma pena única de prisão de 14 anos, pelo Tribunal Judicial de Ponta Delgada, pela prática de vários crimes de abuso sexual de crianças, abuso sexual de adolescentes, violação e atos exibicionistas, tendo saído em liberdade condicional em 2013.

Naquela altura, foi a pena mais elevada do processo decidida pelo tribunal de júri, composto por três juízes e quatro jurados.

As investigações da PJ permitiram então a detenção de 17 homens da ilha de São Miguel que supostamente frequentavam uma garagem propriedade de “Farfalha”, num processo que envolvia ainda cerca de duas dezenas de menores.

Hoje, após a leitura do acórdão, os jornalistas tentaram obter uma reação da advogada de "Farfalha" para saber se este irá ou não recorrer da pena, mas tal não foi possível.


PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados