EDA foi a maior e ACAIL Açores a melhor empresa de 2021

Revista 100 Maiores Empresas dos Açores 2021 foi ontem lançada dando a conhecer um ranking empresarial que reflete o que foi o ano passado: metade marcado pela pandemia, metade já sob o signo da retoma



A EDA - Electricidade dos Açores foi a maior empresa dos Açores em 2021, enquanto que a melhor empresa do ano passado foi a ACAIL Açores, uma empresa dedicada sobretudo ao comércio de ferro e aços.

O ranking empresarial açoriano de 2021 vem revelado na revista 100 Maiores Empresas dos Açores, que foi ontem lançada numa cerimónia que decorreu no Teatro Micaelense, em Ponta Delgada.

A sessão de lançamento da revista 100 Maiores Empresas dos Açores 2021 foi transmitida em direto no site do Açoriano Oriental e na página do jornal na rede social Facebook, sendo a revista em papel distribuída hoje juntamente com o jornal Açoriano Oriental.

O ranking empresarial de 2021 é bem o espelho do que foi o ano passado, com a primeira metade do ano ainda muito marcada pelos efeitos da pandemia de Covid-19 e a segunda metade do ano já com claros sinais de retorno progressivo à normalidade.

É disso exemplo o regresso da EDA ao topo das maiores empresas dos Açores, um lugar que vinha ocupando nos últimos anos e que em 2020 perdeu excecionalmente para a Insco, a empresa do Grupo Bensaude que representa nos Açores os hiper e supermercados Continente e Meu Super, que ocupou nesse ano o lugar de maior empresa dos Açores, em grande medida devido ao facto de, durante os confinamentos, os hiper e supermercados terem sido dos poucos estabelecimentos comerciais que não foram obrigados a encerrar.

Ao nível das 10 melhores empresas dos Açores, continuou a haver grandes mudanças no ranking de 2021 - com oito novas empresas face ao Top 10 de 2020 - mas desta feita revelando também um certo regresso à normalidade.

Ao receber o prémio da maior empresa dos Açores em 2021, o presidente da EDA, Nuno Pimentel, lembrou que a posição de operador único no mercado da eletricidade não diminui a empresa, antes pelo contrário, aumenta a sua responsabilidade em prestar um bom serviço.

Recorde-se que em 2020, as 10 melhores empresas dos Açores foram dominadas pelos setores da construção civil (que não parou durante a pandemia) e da venda de equipamentos para casa e jardim, num claro reflexo dos confinamentos e da necessidade de muitas pessoas adaptarem as suas casas ao teletrabalho e ao ensino à distância. No entanto, em 2021, as grandes mudanças no ranking das melhores empresas revelam sobretudo o regresso de empresas tradicionais que já por vários anos integraram este ranking, como são os casos da Auto Viação Micaelense, da Frutaria São Miguel ou da BENCOM.

Contudo, a ainda ausência das empresas ligadas diretamente ao turismo no ranking das 10 maiores e das 10 melhores empresas de 2021 continua a demonstrar que foi esse o setor mais afetado pelos efeitos da pandemia de Covid-19.

Ao nível das 10 maiores empresas dos Açores, também voltou a haver mudanças.

No entanto e ao contrário do aconteceu em 2020, no ano passado as mudanças nas maiores empresas refletiram já um regresso progressivo à normalidade, com as reentradas da SATA - Azores Airlines e da Galp Açores no Top 10, duas empresas que haviam saído temporariamente do ranking das maiores devido aos efeitos mais fortes da pandemia na atividade económica em 2020.

A revista 100 Maiores dos Açores é publicada pela Açormedia desde 1985, revelando também o ranking das 200 maiores empresas açorianas. Na análise ao ranking efetuada pela Informa D&B, refere-se que, apesar de serem apenas 4% do total das empresas açorianas, as 200 maiores empresas dos Açores representam, no seu conjunto, mais de dois terços do volume de negócio de todas as empresas açorianas, mas também 37% do emprego e ainda 85% do total das exportações.

As 200 maiores empresas dos Açores apresentam também, segundo a análise da Informa D&B, um elevado nível de resiliência, acima do verificado no tecido empresarial do País, no seu todo.
Como é tradição e para além do ranking empresarial, a revista 100 Maiores Empresas dos Açores distingue ainda as empresas, os projetos e as personalidades que mais se destacam em cada ano.

E se no ano passado, devido à redução da atividade económica, só foram atribuídos os Prémios Carreira e Gestor do Ano, na edição deste ano, relativa a 2021, voltou a ser atribuído o Prémio do Projeto de Investimento e introduziu-se a novidade do Prémio Produto Marca Açores.

Assim, o prémio Gestor do Ano 2021 foi entregue a Joana Damião Melo, que ao recebê-lo recuou até aos 15 anos de idade, quando ganhou através dos seus pais o gosto pela hotelaria, expresso agora através da recuperação do Hotel Senhora da Rosa, que já tinha pertencido à sua família e ao qual deu uma segunda vida, num tempo de grandes desafios.

Por seu lado, o Prémio Carreira de 2021 foi entregue a Joaquim Neves, nome incontornável do comércio do centro histórico de Ponta Delgada.

O Prémio do Projeto de Investimento foi para o Terminal Logístico de Ponta Delgada da empresa madeirense Logislink, pertencente ao Grupo Sousa e inaugurado no passado mês de outubro.

Por fim, o Prémio Produto Marca Açores foi para o chá para a saúde cerebral lançado pela Fábrica de Chá Gorreana, um produto ‘premium’ em resultado de quatro anos de investigação em parceria com a Universidade dos Açores.

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