Autor: Lusa/AO Online
"Através do reforço das compensações do serviço público e com ganhos de eficiência operacional, é possível reduzir a tarifa, sem agravar a situação económica da SATA, conciliando este objetivo com a inevitável reestruturação financeira da nossa companhia aérea", considerou o secretário regional com a tutela dos Transportes, Mário Mota Borges.
O governante falava no parlamento da região, na cidade da Horta, no terceiro e último dia de discussão do programa do executivo de coligação, formado por PSD, CDS e PPM, recém-empossado.
Nas ligações aéreas interilhas, o executivo, asseverou Mota Borges, "vai concretizar a redução substancial do preço das passagens aéreas para residentes, com a implementação da Tarifa Açores, com um preço máximo de até 60 euros, para viagem de ida e volta".
"O transporte aéreo interilhas é uma obrigação de serviço público. A Tarifa Açores é uma medida verdadeiramente estruturante, aceleradora do mercado interno e da mobilidade dos açorianos", considerou ainda.
Mário Mota Borges disse ter recebido nos transportes uma "pesada herança".
"Se o setor público empresarial regional foi marcado pelo seu empolamento e frequente ingerência política, nos transportes, a SATA constitui o exemplo daquilo que nunca podia ter acontecido. Reafirmo: nunca podia ter acontecido, porque deixou gravíssimas sequelas na nossa companhia aérea, com implicações no presente e no futuro da transportadora aérea açoriana", vincou.
O desígnio, disse
também, é "manter a empresa no setor público empresarial regional,
financeiramente resgatada e com gestão profissionalizada, nunca
confundindo o exercício de tutela com a ingerência política na sua
gestão diária".