Açoriano Oriental
Doença misteriosa mata cem em Angola
Uma doença ainda não identificada já atingiu cerca de uma centena de pessoas no Cacuaco, a norte de Luanda, revelou o ministro da Saúde angolano, Ruben Sicato, que considerou a situação "preocupante".

Autor: Lusa/AOonline
 "A situação é preocupante", afirmou o ministro Ruben Sicato, salientando no entanto que ainda não foram registadas vítimas mortais causadas por esta doença ainda desconhecida.

    "Há indícios de que apontam várias doenças, mas ainda estão em curso uma série de exames. É provável que em breve conheçamos a causa exacta da epidemia", frisou Ruben Sicato, que discursava na abertura dos trabalhos da Conferência Nacional sobre a Implementação em Angola do novo Regulamento Sanitário Internacional.

    A epidemia surgiu no princípio de Outubro, no município do Cacuaco, a cerca de 10 quilómetros a norte de Luanda, quando vários doentes começaram a acorrer aos hospitais e postos médicos com sintomas como sonolência, incapacidade de controlo neurológico, vómitos e diarreias, que desaparecem com a administração de soro.

    Neste momento, os serviços de saúde da área do Cacuaco estão todos em estado de alerta máximo, dedicando especial atenção a todos os doentes suspeitos de estarem atingidos por esta patologia.

    Caso sejam crianças, podem ser transferidas para o Hospital Pediátrico David Bernardino, em Luanda.

    Segundo Ruben Sicato, o Governo Provincial de Luanda e a Organização Mundial da Saúde (OMS), estão a fazer todos os esforços no sentido de se esclarecer as causas desta epidemia.

    A I Conferência Nacional sobre a Implementação em Angola do Novo Regulamento Sanitário Internacional destina-se à divulgação dos seus princípios a todos os actores da saúde, obter consenso sobre os mecanismos de implementação no país e recolher contribuições para a preparação de um plano nacional multi-sectorial de respostas à ameaça iminente de novas doenças, em especial as patologias virais da região.

    Com duração de dois dias, no evento participam a representante da OMS em Angola, Fatoumata Diallo, os vice-ministros da Saúde, directores nacionais do ministério e responsáveis hospitalares.

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