Segundo a oposição, que se manifesta desde 9 de Abril para conseguir a demissão do Presidente georgiano, Mikhail Saakachvili, as jaulas representam celas de prisão instaladas nas ruas da capital e simbolizam a transformação da Geórgia num “Estado policial”.

Os opositores que se encontravam no local do incidente declararam aos jornalistas que os assaltantes estavam fardados e à paisana. Cinco militantes da oposição ficaram feridos durante o ataque. Além disso, a oposição afirma que três opositores foram detidos, mas a polícia não confirmou essas acusações.

Há uma semana atrás, incidente semelhante ocorreu junto da Chancelaria georgiana, quando desconhecidos destruíram jaulas instaladas em redor do edifício. O Ministério do Interior da Geórgia alegou então ter-se tratado de confrontos entre a oposição e a população local.

Na véspera, representantes da oposição encontraram-se em Tbilissi com Peter Semneby, representante especial da União Europeia para o Cáucaso do Sul.

“Dirigimo-nos aos nossos amigos, aos diplomatas, com vista a travar o terror desencadeado pelo regime de Saakachvili”, declarou Nino Burjanadzé, dirigente do partido da oposição Movimento Democrático – Geórgia Unida e antiga presidente do Parlamento, à saída desse encontro, durante o qual os líderes da oposição informaram o representante da UE de alegados actos de terror e de pressão, assim como de detenções ilícitas de opositores nos últimos tempos.