Açoriano Oriental
Centeno dá "dois a três anos" para haver "correção" da dívida e despesa públicas

O governador do Banco de Portugal (BdP), Mário Centeno, disse que as Administrações Públicas têm "dois a três anos" para corrigir o esforço feito durante a pandemia de Covid-19 em termos de dívida e despesa.

Centeno dá "dois a três anos" para haver "correção" da dívida e despesa públicas

Autor: Lusa/AO Online

"Há uma transição face àquilo que foi o esforço das Administrações Públicas [AP] no período pandémico, em termos de dívida e de despesa que, na nossa opinião, tem dois a três anos para ser concretizada", disse aos jornalistas Mário Centeno, na conferência de imprensa de apresentação do Boletim Económico de dezembro.

O governador considerou que isto implica "o retomar de uma trajetória de endividamento sustentável", descendo para níveis de 2019 em 2024, referindo que essa redução da dívida pública é uma "condição quase 'sine qua non' para que a dívida pública portuguesa permaneça sustentável".

"Para que isto aconteça, envolve uma redução do peso da despesa permanente no PIB face àquilo que foi a necessidade de dar resposta, pelas Administrações Públicas, durante o período pandémico", em que houve uma redução do produto e um aumento da despesa permanente, segundo Centeno.

"Temos um período de dois, três anos para fazer esta correção", disse o governador do BdP.

Mário Centeno também referiu a necessidade de "retomar a redução da carga fiscal estrutural, que entre 2015 e 2020, de acordo com os resultados do Banco de Portugal, ter-se-á reduzido 1,2 pontos percentuais".

"Esta trajetória deve ser retomada nos próximos anos", assinalou.

Mais à frente na conferência de imprensa, Mário Centeno quis deixar claro que o aumento da despesa em relação ao Produto Interno Bruto (PIB) verificou-se "em grande medida" devido à quebra do produto.

"Quando nós olhamos para estes indicadores numa perspetiva plurianual, devemos entender que à medida que a economia recupera, estes indicadores devem também, eles próprios, corrigir", sustentou.

"Seria, a meu ver, errado, que fizéssemos crescer esta despesa, agora que o PIB está a recuperar, ao mesmo ritmo que o PIB recupera. Precisamente porque não a fizemos cair, e bem, quando o PIB caiu", explicou.


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