Açoriano Oriental
Carlos César lamenta morte de "grande amigo"
O antigo presidente do Governo Regional dos Açores lamentou a morte de José Medeiros Ferreira recordando "um grande amigo", um homem ""íntegro e um governante e político que marcou a história portuguesa" em "contextos múltiplos".
Carlos César lamenta morte de "grande amigo"

Autor: Lusa/AO Online

 

“Eu esperava há muito que esta notícia acontecesse. Mas também esperava muito que esta notícia fosse adiada”, disse Carlos César, em declarações à Lusa, frisando que José Medeiros Ferreira “foi e é um grande amigo”.

O historiador e político José Medeiros Ferreira morreu hoje, no Hospital da Cruz Vermelha, em Lisboa, aos 72 anos.

Carlos César sublinhou que Medeiros Ferreira foi "entre os da sua geração residentes fora dos Açores" a personalidade que mais o "acompanhou" e influenciou nas suas funções de presidente do Governo dos Açores.

“Nunca me recusou um aconselhamento”, disse Carlos César, lembrando que todo o percurso de vida de Medeiros Ferreira foi "uma prova vencedora de convicções quando na adolescência liderou a sua geração estudantil no combate à ditadura, quando se exilou, quando aderiu e rompeu com o PS, quando regressou ao PS pela via açoriana e sempre que usou da palavra dita ou escrita".

"Eu penso que a sua integridade intelectual não suportava as transigências do taticismo político e a sua solidez de convicções não o aconselhavam a agir impensadamente por conta de outrem. As pessoas que agem desta forma nem sempre têm a vida fácil e precisam de muita qualidade para se imporem entre nós. Era o caso do José Medeiros Ferreira. Esta rigidez de convicções sempre foi temperada por um enorme sentido de humor e de convivialidade", salientou.

O atual presidente honorário do PS/Açores disse que "há poucas semanas" Medeiros Ferreira lhe disse que "gostava ainda de publicar dois outros livros, um dos quais tinha em preparação, e gostava de fazer um livro de memórias".

“Perdemos muitas memórias com o seu falecimento, mas fica sobretudo uma ideia justa de um homem íntegro, de um historiador emérito, um académico e um pedagogo, um investigador, um observador do quotidiano e do prospetivo e em especial um governante e político que marcou a história política portuguesa contemporânea em contextos múltiplos, tal como o do nosso destino Europeu e Atlântico”, sublinhou.

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