Autor: Lusa/AO online
Roberto Monteiro afirmou que só com um plano de revitalização económico simultâneo poderá haver “uma substituição direta dos postos de trabalho” e um eventual aproveitamento dos edifícios da base, por investidores privados, antes de serem demolidos.
Para o autarca do concelho situado junto à base das Lajes, se os dois planos – militar e de reconversão económica – não avançarem em simultâneo não será possível substituir 400 postos de trabalho em 24 horas e “o efeito económico e social será devastador”.
O destacamento americano nos Açores inclui atualmente 580 militares e mais de 700 familiares. A partir de outubro de 2014 a base vai ser alvo de uma redução do contingente norte-americano em mais de 400 militares e 500 familiares.
“A estratégia dos americanos é simultaneamente atacar nas duas frentes. Vemos o embaixador norte-americano totalmente aberto para trazer comitivas de empresários de Silicon Valley [nos Estados Unidos] para estudarem alternativas e depois chega [esta semana] uma comissão de peritos militares para decidir que edifícios serão abatidos. Isto não faz qualquer sentido”, alertou o presidente da câmara.
Roberto Monteiro relatou ainda que “houve um momento completamente irónico quando a parte portuguesa comunicou ao Governo Regional dos Açores que o processo negocial estava suspenso por causa das eleições norte-americanas e na base todas as semanas os chefes americanos das várias secções comunicavam aos trabalhadores portugueses que, [por exemplo] a partir 20 de janeiro já não tinham trabalho”.
Além da autarquia, também a Câmara de Comércio de Angra do Heroísmo tem apresentado propostas que possam reduzir o impacto da saída americana.