Autor: Lusa/AO online
“Não vi que a Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores [presidida pelo PS] num passado recente tenha salvaguardado o interesse dos seus associados, nomeadamente da Câmara Municipal da Calheta e, sobretudo, naquilo que foi a gestão do quadro comunitário de apoio”, declarou Décio Pereira, questionado pela agência Lusa sobre o seu sentido de voto para a eleição do novo presidente daquele organismo, após as eleições autárquicas de setembro.
Eleito numa lista de independentes, o autarca destacou que “existem nove câmaras do PS e nove câmaras dos partidos que fazem parte do arco da governação atual [PSD-CDS-PPM] e a Câmara da Calheta”.
Décio Pereira falava aos jornalistas na sequência de um encontro com o presidente do Governo dos Açores e o seu executivo, integrado na visita oficial à ilha de São Jorge.
O autarca considera que “era importante, independentemente de quem vier a ser eleito para a Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores, que tenha uma atividade muito profícua junto do Governo Regional e salvaguarde os interesses dos seus associados”.
O município da Calheta é liderado desde 2013 pelo independente Décio Pereira, que teve o apoio do PS nas eleições autárquicas de 2017.
Face aos resultados expressos nas últimas eleições autárquicas, a presidência da Associação de Municípios da Região Autónoma dos Açores vai depender do voto expresso pelo autarca da Calheta de São Jorge.
O organismo é atualmente presidido pela socialista Cristina Calisto, presidente da Câmara Municipal da Lagoa, na ilha de São Miguel.
A Comissão Política Regional do PSD/Açores já defendeu, uma vez que o PS perdeu a maioria das câmaras municipais, que “as próximas direções da Associação de Municípios dos Açores e da delegação regional da Associação Nacional de Freguesias devem, necessariamente, refletir a existência de uma expressa maioria não socialista no poder local da região”.