Açoriano Oriental
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Berta Cabral defende aposta nas energias renováveis
A líder do PSD/Açores, Berta Cabral, defendeu uma "clara aposta" em energias renováveis, como forma de reduzir a dependência energética da Região.
Berta Cabral defende aposta nas energias renováveis

Autor: LUSA/AOnline

Falando na sessão de abertura de um seminário sobre políticas de ambiente, realizada na ilha do Pico, organizado pelo Gabinete de Estudos do PSD-Açores, a líder social-democrata disse que o setor energético "é uma oportunidade" que não se deve descurar.

"Com uma política ambiental verdadeiramente eficaz é possível reduzir a dependência energética da Região face ao exterior", sublinhou Berta Cabral, para quem a aposta em energias renováveis permitirá reduzir a emissão de CO2 e diminuir a importação de combustíveis fósseis.

No seu entender, é possível criar "riqueza" a partir do setor ambiental, aplicando as regras da atividade económica, no que respeita à cadeia de valor.

"Quanto maior for o número de atividades da cadeia de valor desenvolvidas na Região, maior será a riqueza produzida, maior será o número de postos de trabalho criados", destacou.

Para a líder regional do PSD, é também possível "ganhar dinheiro" e criar o emprego a partir da gestão dos "lixos", não só reciclando, reutilizando e valorizando os resíduos, como também exportando-os para o exterior.

Para Berta Cabral, o Ambiente nos Açores deve ser encarado como uma "oportunidade" e não como um "entrave ao desenvolvimento", como tem acontecido, no seu entender, durante os governos do PS.

"Nos últimos anos, falar de ambiente é falar de planos, regulamentos, regras, proibições e coimas", disse a dirigente social-democrata, para quem estas palavras têm sido sinónimo de "impedimento e restrição".

O PSD/Açores defende, por isso, uma nova abordagem às questões ambientais nos Açores, de formar a "potenciar oportunidades" nos mais variados sectores da atividade.

No seu entender, é também necessária uma verdadeira política de ordenamento do território, que envolva a sociedade civil, as autarquias e os agentes económicos.

Berta Cabral acusou, por outro lado, o Governo Regional de demonstrar "falta de estratégia" no setor ambiental, ao criar e desfazer "a maior parte da legislação criada sobre o ambiente".

"Os Planos das Bacias Hidrográficas das Lagoas das Furnas e das Sete Cidades, por exemplo, tiveram um atraso de 11 anos entre o seu anúncio e o início da sua execução e quando finalmente foram colocados em prática, gastaram-se milhões de euros sem resultado compatível", frisou.

A líder do PSD/Açores contestou, por outro lado, a redução dos apoios às associações não governamentais de defesa do ambiente e a progressiva redução das suas competências.

"O que era feito, com qualidade, por parte das organizações não governamentais, como a gestão das Ecotecas ou os núcleos do ambiente, já não o é, porque o governo criou uma empresa pública, mais uma, para gerir tudo isto", lamentou.

No seminário sobre políticas de Ambiente participaram ainda Sérgio Ávila, investigador da Universidade dos Açores e presidente do Conselho Regional da Ordem dos Biólogos, e Fernando Luís, ex-diretor do Parque Natural da Ilha do Pico.

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