Açoriano Oriental
BE/Açores considera “inqualificável” aumento do preço do gás e dos combustíveis

O BE/Açores considerou de “inqualificável” a decisão do Governo Regional (PSD/CDS-PP/PPM) de aumentar o preço do gás e dos combustíveis em janeiro e acusa o executivo de “dar com uma mão e tirar com a outra”

BE/Açores considera “inqualificável” aumento do preço do gás e dos combustíveis

Autor: Lusa

Em comunicado, o BE/Açores afirma que “a escolha do Governo [Regional] em aumentar o gás e [os] combustíveis, após um ano com um excedente de seis milhões de euros na cobrança do imposto sobre os combustíveis, é inqualificável”.

O BE/Açores refere no comunicado que a subida no preço do gás e dos combustíveis em 2025 é “muito superior aos aumentos de apoios e rendimentos”.

“Os aumentos prometidos pelo Governo Regional no Orçamento da Região para 2025 não chegam para fazer face aos aumentos brutais no gás e nos combustíveis”, afirma.

O partido também acusa o executivo de coligação de “dar com uma mão e tirar com a outra”: “Se, por um lado, no Orçamento da Região promete aumentos para 2025, por outro, estes vão ser absorvidos pelo aumento de 29,89% no preço do gás e pela subida do preço dos combustíveis na região".

Como exemplo, o BE aponta que o aumento de 3% no valor da remuneração complementar, que representa 2,53 euros, “será completamente absorvido” por quem utiliza garrafas de gás em casa.

Também o aumento de 5% no valor do complemento ao abono de família, que representa 1,31 euros, “será completamente absorvido, quando comparado com a subida do gás”.

Para o BE/Açores, a opção do Governo Regional “prejudica a maioria” dos açorianos e das açorianas e resulta da sua aposta “em baixar os impostos para os mais ricos e para as grandes empresas”.

O partido lembra que o deputado único e líder regional António Lima apresentou uma proposta de alteração ao Orçamento da Região para 2025 para reduzir o preço dos combustíveis, que foi rejeitada com os votos contra do PSD, CDS-PP, PPM, Chega e IL.

O Governo Regional dos Açores justificou o aumento do preço dos gases de petróleo liquefeitos, a partir de janeiro, com a adoção de uma nova fórmula de cálculo, por recomendação do Tribunal de Contas e pressão dos distribuidores.


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