Autor: Lusa/AO online
"Em geral, o ajuste orçamental deve resultar em finanças públicas ligadas a um crescimento eficiente após a fase da consolidação", comenta o Fundo, que se mostra preocupado com "alguns países" sob um "grande ajuste" económico, fundamentalmente assente em "cortes no investimento e amplos aumentos de impostos".
A entidade publicou hoje uma revisão do seu "Fiscal Monitor", um documento sobre políticas orçamentais atualizado em abril e outubro de cada ano.
No texto, o FMI aponta também que o progresso económico mais lento em economias avançadas deve-se à magnitude do choque das medidas anticrise e à lenta recuperação posterior, "mas em alguns casos também devido a altas taxas de juros, que são negativamente afetadas pelas incertezas políticas e fragilidades bancárias".
A entidade pede também que exista um "grau adequado de progressividade em tributação e acesso a benefícios sociais", cenário "imperativo" para "limitar" os efeitos sociais negativos de pacotes de ajustamento aplicados em países como Portugal.
Em países sob ajuda externa, o Fundo reitera a necessidade de que, "na medida em que as condições de financiamento o permitam", tais ajustamentos devem prosseguir a um ritmo "consistente com o estado da economia".
Numa análise mais global, e reconhecendo o "progresso substancial na restauração da sustentabilidade das finanças públicas" de diversos Estados, as vulnerabilidades orçamentais permanecem elevadas", realça o FMI, preocupado com a exposição de alguns países, em particular da zona euro, aos "caprichos dos mercados financeiros".
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