“O SJPF manifesta total compreensão e solidariedade com a revolta do plantel do Santa Clara, relacionada com a falta de descanso e preparação adequada do próximo jogo frente ao Arouca, depois de um jogo com prolongamento para a Taça de Portugal”, adianta a estrutura representativa dos jogadores, em comunicado.
O Santa Clara defrontou o Sporting de Braga, na segunda-feira para a Liga (derrota por 1-0), jogou com o Sporting (derrota por 3-2, após prolongamento), na quinta para a Taça, e recebe o Arouca, no domingo para o campeonato.
O sindicato liderado por Joaquim Evangelista lembra que a “gestão dos calendários é feita exclusivamente pela Liga” e as decisões sobre “marcação ou adiamento de jogos regulamentadas entre clubes”, lamentando que não haja a possibilidade, por parte dos “protagonistas do jogo”, de “vetar decisões que põem em risco a sua saúde”.
“O SJPF adere com total empenho às reivindicações dos jogadores do Santa Clara, acolhendo as suas preocupações e dando-lhes as boas-vindas a esta luta de toda a classe”, reforçam.
A estrutura representativa dos jogadores pede medidas que “protejam” os atletas, alertando para os riscos relacionados com o número de jogos, falta de descanso e “viagens e períodos de concentração contínuos”.
“Esperamos que haja a capacidade da Liga e dos clubes envolvidos – Santa Clara e Arouca – para encontrar uma solução para este problema, mas também que haja uma reflexão séria em Portugal sobre a organização dos calendários", apelam.
O sindicato defende que essas situações “põem em causa os profissionais e a integridade da competição” e desafia os clubes a colocar a “saúde dos jogadores em primeiro lugar”.
“O SJPF desafia, ainda, os clubes lesados a aderirem a esta luta, de uma forma regular e concertada para uma efetiva mudança e não apenas a reagir, quando surge um problema”, lê-se no comunicado.
