Açoriano Oriental
Arguido no processo Pina Manique diz que só soube da vítima pela televisão
 Um dos acusados de participação na rixa que levou à morte de um aluno do Colégio de Pina Manique, confirmou  em tribunal ter estado no local, mas alegou só ter sabido da gravidade dos factos pela televisão.
Arguido no processo Pina Manique diz que só soube da vítima pela televisão

Autor: Lusa/AO Online

O arguido relatou ao tribunal que se deslocou ao colégio, juntamente com outros colegas, para ir buscar um amigo também arguido no processo (Hélio) que havia pedido ajuda para sair da instituição por alegadamente estar sob ameaça de outro grupo.

Luís Semedo, 20 anos, confirmou que não é nem era aluno daquele colégio e que conhece Ruben Moreno, o jovem detido em Janeiro por suspeita do homicídio que hoje de manhã confessou o crime em tribunal.

Durante a sessão da tarde, Luís Semedo alegou desconhecer que alguém do seu grupo estivesse na posse de qualquer arma.

De acordo com o relato que fez em tribunal, deslocou-se ao Colégio de Pina Manique, da Casa Pia, para ir buscar Hélio, que lhe havia enviado uma mensagem por telemóvel a pedir ajuda.

"Liguei ao Hélio e ele disse-me que os rapazes de Santa Filomena não o deixavam sair da escola. Pediu-me para lá ir para o trazer em segurança", disse ao colectivo de juízes, acrescentando que outros elementos do grupo receberam a mesma mensagem.

Porém, chegados ao colégio para "socorrer" o amigo, encontraram-no bem e sem sinais de agressão já na paragem de autocarro.

Luís Semedo não soube explicar a razão de entrarem no colégio se o amigo que alegadamente iam ajudar já estava fora dos portões e em segurança.

O arguido admitiu que assistiu à entrada de cerca de 20 vinte pessoas na escola, forçando o portão, e que houve uma agressão no pátio e arremesso de copos e pratos no refeitório, mas alegou não ter participado nos desacatos que presenciou.

O julgamento, que hoje teve início, prossegue quarta e quinta-feira na 8.ª Vara Criminal do Campus de Justiça de Lisboa.

O jovem detido em Janeiro por suspeita da morte de um aluno da instituição, ferido com arma branca em Dezembro de 2008, confirmou hoje a autoria do crime de que é acusado pelo Ministério Público.

O processo tem 15 arguidos acusados de participação em rixa, além de Ruben Moreno, sob o qual impende também a acusação de homicídio.

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