Autor: Lusa/AO Online
“Neste momento, podemos dizer com segurança que cerca de um quarto da população de S. Miguel entre os 10 e os 30 anos já foi infectada com o vírus da Gripe A (H1N1)”, afirmou Mário Freitas, presidente da APPSA, em declarações à Lusa.
Segundo este especialista em saúde pública, “existe um número exagerado de casos nos Açores e, muito especialmente, em S.Miguel”.
“Em termos estatísticos, a ilha de S. Miguel já teve situações em que representou 20 por cento dos casos a nível nacional, quando só tem um por cento da população”, frisou.
Os últimos dados oficiais sobre a incidência da Gripe A nos Açores foram divulgados há mais de uma semana e apenas se referiam à ilha de S. Miguel, onde tinha sido detectados 81 casos confirmados na semana anterior.
Na perspectiva do presidente da APPSA, os actuais números da Gripe A nos Açores “são profundamente assustadores”, considerando que, “com as condições meteorológicas que têm existido, sem chuva e sem frio, não deveria haver casos”.
“Parece claro que o sistema de saúde pública não resulta”, acrescentou o especialista, que é também Delegado de Saúde da Ilha de S. Miguel.
Para Miguel Freitas, a “forma como foi gerida” a situação na Escola EB 2/3 da Ribeira Grande, onde foram detectadas dezenas de casos de Gripe A, mas não foi decidido o encerramento da escola, é elucidativa da actual situação.
“O Delegado de Saúde da ilha expôs as razões para encerrar a escola, mas prevaleceu a opinião de não técnicos e o que aconteceu foi que aumentaram os casos, porque isto é uma rede de vasos comunicantes”, afirmou.
Miguel Freitas frisou que o problema não reside no facto de o secretário regional da Saúde, Miguel Correia, não ser técnico, mas na circunstância de “não ouvir os técnicos”.
“Nós não defendemos que os responsáveis regionais de Saúde tenham de ser técnicos, mas, não o sendo, que ouçam os técnicos”, salientou.
O presidente da APPSA referiu ainda que a reunião solicitada à Ordem dos Médicos pretende também sensibilizar para o processo que está em curso de elaboração de nova legislação regional de saúde pública.
“Temos muito medo que se mexa para que fique tudo na mesma”, afirmou, frisando que os Açores são a região do país com menos médicos de saúde pública.
Segundo Miguel Freitas, em S. Miguel, apenas dois concelhos têm delegados de saúde que são médicos de saúde pública, enquanto os restantes quatro são médicos de família.
“Não temos visto uma estratégia de aproveitamento dos médicos de saúde pública que existem na região”, afirmou.
Contactada pela Lusa, fonte da Secretaria Regional de Saúde disse não ter comentários a fazer.
Segundo este especialista em saúde pública, “existe um número exagerado de casos nos Açores e, muito especialmente, em S.Miguel”.
“Em termos estatísticos, a ilha de S. Miguel já teve situações em que representou 20 por cento dos casos a nível nacional, quando só tem um por cento da população”, frisou.
Os últimos dados oficiais sobre a incidência da Gripe A nos Açores foram divulgados há mais de uma semana e apenas se referiam à ilha de S. Miguel, onde tinha sido detectados 81 casos confirmados na semana anterior.
Na perspectiva do presidente da APPSA, os actuais números da Gripe A nos Açores “são profundamente assustadores”, considerando que, “com as condições meteorológicas que têm existido, sem chuva e sem frio, não deveria haver casos”.
“Parece claro que o sistema de saúde pública não resulta”, acrescentou o especialista, que é também Delegado de Saúde da Ilha de S. Miguel.
Para Miguel Freitas, a “forma como foi gerida” a situação na Escola EB 2/3 da Ribeira Grande, onde foram detectadas dezenas de casos de Gripe A, mas não foi decidido o encerramento da escola, é elucidativa da actual situação.
“O Delegado de Saúde da ilha expôs as razões para encerrar a escola, mas prevaleceu a opinião de não técnicos e o que aconteceu foi que aumentaram os casos, porque isto é uma rede de vasos comunicantes”, afirmou.
Miguel Freitas frisou que o problema não reside no facto de o secretário regional da Saúde, Miguel Correia, não ser técnico, mas na circunstância de “não ouvir os técnicos”.
“Nós não defendemos que os responsáveis regionais de Saúde tenham de ser técnicos, mas, não o sendo, que ouçam os técnicos”, salientou.
O presidente da APPSA referiu ainda que a reunião solicitada à Ordem dos Médicos pretende também sensibilizar para o processo que está em curso de elaboração de nova legislação regional de saúde pública.
“Temos muito medo que se mexa para que fique tudo na mesma”, afirmou, frisando que os Açores são a região do país com menos médicos de saúde pública.
Segundo Miguel Freitas, em S. Miguel, apenas dois concelhos têm delegados de saúde que são médicos de saúde pública, enquanto os restantes quatro são médicos de família.
“Não temos visto uma estratégia de aproveitamento dos médicos de saúde pública que existem na região”, afirmou.
Contactada pela Lusa, fonte da Secretaria Regional de Saúde disse não ter comentários a fazer.