Açoriano Oriental
Covid-19
Utilização de testes rápidos ainda sob avaliação do Instituto Ricardo Jorge

A utilização de testes rápidos de diagnóstico da covid-19 ainda está sob avaliação do Instituto de Saúde Ricardo Jorge (INSA), revelou Raquel Guiomar, responsável pelo Laboratório Nacional de Referência para o Vírus da Gripe e outros Vírus Respiratórios.

Utilização de testes rápidos ainda sob avaliação do Instituto Ricardo Jorge

Autor: Lusa/AO Online

Na conferência de imprensa sobre a evolução da pandemia em Portugal, Raquel Guiomar reconheceu que estes testes “trazem algumas vantagens para a deteção de casos suspeitos” e que podem permitir uma “rápida implementação de medidas que impeçam as cadeias de transmissão”, mas não transmitiu uma decisão final sobre o tema, depois de a ministra da Saúde, Marta Temido, ter chegado a anunciar para o “final da semana” uma posição.

“Neste momento, estamos a avaliar uma nova geração destes testes rápidos e o grupo de peritos vai reunir-se para fazer a avaliação”, afirmou Raquel Guiomar, notando que os “testes devem ser sempre realizados no contexto do historial do doente”, tanto físico como epidemiológico: “Têm critérios específicos de seleção e utilização. Esta é ainda uma situação que está a ser avaliada pela comissão de avaliação dos testes”.

Contudo, a responsável do INSA vincou que eventuais lacunas dos testes rápidos “serão colmatadas pelo encaminhamento para o método de referência”, sem deixar de destacar a expectativa positiva perante a utilização noutros países europeus e que indiciam “uma boa concordância” com o RT-PCR.

O tema dos testes serviu também para a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, reiterar que a realização de testes devem estender-se a pessoas assintomáticas, caso sejam considerados pelas autoridades de saúde como contactos de alto risco.

“Os contactos de alto risco assintomáticos devem fazer teste, especialmente em contexto de surto. E não é o teste que determina o isolamento profilático destas pessoas; no momento em que uma autoridade de saúde identifica um indivíduo como um contacto de alto risco, determina o isolamento profilático, segue-se um teste e depois o resultado desse teste. Não é o teste nem o resultado que determinam que a pessoa fique em quarentena”, explicou.

Já sobre o período de isolamento profilático, atualmente preconizado em 14 dias em Portugal e que nas últimas semanas registou uma redução para 10 dias em alguns países, Graça Freitas notou que o tema está a ser alvo de análise pelas autoridades de saúde nacionais.

“Estamos a analisar se aos 10 dias é seguro, mas seria com várias condições. Uma pessoa que sair de quarentena ao 10.º ou 11.º dia ainda vai ter de manter o compromisso social de distância e máscara, porque ainda tem uma probabilidade de estar infecciosa. Não é uma medida que possa ser tomada de ânimo leve. Estamos a estudar e são decisões que os países vão tomando de acordo com a sua realidade e capacidade de ter medidas complementares”.


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