Autor: Lusa/AO online
“Estamos a fazer todas as diligências para que no mais curto espaço de tempo seja agilizado”, disse António Diniz, assegurando que “não haverá interrupções”.
Segundo o coordenador do Programa Nacional de Prevenção e Controlo para a Infeção VIH/Sida, quando as farmácias saírem totalmente do projeto já haverá uma alternativa em curso.
A ANF garante assegurar o programa de troca de seringas a toxicodependentes até final de dezembro, enquanto tiver material em "stock", mas deixa para o Governo a resolução desse problema a partir daí.
Uma das possibilidades é o Ministério da Saúde arranjar outro parceiro, mas António Diniz não adiantou se a solução vai passar por aí e quem será esse eventual parceiro.
O responsável afirmou apenas que já teve reuniões com “estruturas do Ministério da Saúde” e que já sabe como é que o programa vai continuar.
Elogiando o trabalho feito pela ANF, António Diniz lembrou no entanto que as trocas feitas nas farmácias representavam menos de metade do total, sendo a maioria feita por associações sem fins lucrativos que apoiam os doentes com VIH.
O vice-presidente da Associação Nacional de Farmácias (ANF), Paulo Duarte, disse na quarta-feira no Parlamento que o contrato com o Ministério da Saúde terminou na terça-feira e que a associação não está disponível para continuar a geri-lo.
O responsável adiantou que as farmácias têm em "stock" "kits" que darão até finais de dezembro, altura a partir da qual deixam de gerir este programa.
As farmácias, no entanto, poderão continuar a ser o local onde é feita a troca de uma seringa usada por uma outra nova, como forma de evitar a infeção pelo VIH/sida, desde que a gestão do processo não seja da sua responsabilidade.