Autor: Lusa/AO Online
“A expetativa da TAP é que tudo corra dentro da normalidade”, afirmou fonte oficial da companhia aérea portuguesa à agência Lusa.
Segundo dados enviados pela empresa à Lusa, a TAP perdeu 18.000 reservas desde a convocação da greve, o que representa “um prejuízo direto na ordem dos seis milhões de euros”. No início do processo, a companhia aérea contava com 130.000 reservas, hoje conta com 112.000.
Os sindicatos nacionais dos Trabalhadores da Aviação Civil (SINTAC), do Pessoal do Voo da Aviação Civil (SNPVAC) e o do Trabalhadores da Aviação e Aeroportos (SITAVA) mantiveram pré-avisos de greve para 27, 28, 29 e 30 de dezembro, em luta contra a privatização da TAP, depois de os restantes nove sindicatos (dos 12 que em conjunto tinham apresentado pré-avisos de greve) terem anunciado, na quarta-feira, a desconvocação da paralisação.
Os três sindicatos afirmaram que acatariam a requisição civil decretada pelo Governo e hoje, o SINTAP e o SITAVA reforçaram a decisão, apelando aos funcionários da TAP que se apresentem ao serviço durante o período de greve, sendo que o SITAVA aguarda ainda pela decisão do tribunal sobre o pedido de impugnação da requisição civil decretada pelo Governo.
Na quarta-feira, o Governo aceitou discutir com os sindicatos as condições para manter a TAP em Portugal por dez anos após a privatização da empresa, segundo um memorando assinado pelo executivo e pelos nove sindicatos da TAP que desconvocaram a greve.
A decisão de relançar a privatização da companhia aérea, suspensa em dezembro de 2012, acendeu uma onda de contestação que culminou com a marcação desta greve por uma plataforma que juntou 12 sindicatos, à qual o Governo respondeu com a imposição de uma requisição civil aos trabalhadores da TAP, para minimizar o impacto da paralisação.