Açoriano Oriental
Sistema de alertas de cheia vai ser instalado nos Açores

Sistema vai fornecer informação com antecedência por forma a proteger as populações e minimizar os riscos de inundações.

Sistema de alertas de cheia vai ser instalado nos Açores

Autor: Paulo Faustino

Vai ser implementado nos Açores um sistema de alertas de cheia em bacias hidrográficas de risco com o objetivo de, com antecedência, fornecer informação que possa ser utilizada para proteger as populações e minimizar os riscos de inundações, como aquela que ainda recentemente aconteceu nos Mosteiros, e de fenómenos meteorológicos extremos, resultantes dos efeitos das alterações climáticas.

A revelação foi feita ao Açoriano Oriental pelo Secretário Regional do Ambiente e Alterações Climáticas, que referiu estar em causa um investimento de 1,9 milhões de euros (ME) no âmbito de uma candidatura feita ao programa comunitário REACT-EU.

“(O sistema) faz alertas às populações, no fundo, a situações de inundação mais frequentes no arquipélago que são originadas, na sua maioria, por cheias rápidas, geralmente resultantes de episódios de precipitação muito intensa, como aquela que aconteceu nos Mosteiros, com consequências por vezes devastadoras, especialmente quando ocorrem junto a áreas urbanizadas e localizadas nos leitos de cheia”, sublinha Alonso Miguel.

As ações que serão implementadas no terreno permitirão, por exemplo, a deteção atempada de derrocadas que possam provocar obstruções nas linhas de água; a observação das condições de escoamento em tempo real através da instalação de web cams; a validação de tempos de concentração; a avaliação da resposta dos cursos de água face às condições meteorológicas; a monitorização e conhecimento do ciclo hidrológico nas bacias hidrográficas e ainda a validação dos modelos utilizados com recurso a dados reais.

Alonso Miguel destaca o impacto positivo da instalação de um conjunto de sistemas preparado para detetar tudo o que é um determinado limite de precipitação e se este pode trazer consequências ou não. “São medidas que, ao serem implementadas, irão fornecer com antecedência dados que nos permitem garantir a salvaguarda das populações e uma gestão muito mais adequada deste tipo de eventos e das suas consequências”, reitera.

No final de setembro, recorde-se, sete habitações ficaram inundadas nos Mosteiros após chuvas intensas que levaram ao transbordo de ribeiras nesta freguesia, assim como nas Sete Cidades.


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