Autor: Arthur Melo
O presidente do Grupo Desportivo Comercial (GDC) revelou enorme confiança no sucesso do I Rallye Ponta Delgada, a terceira prova do Campeonato dos Açores de Ralis e do Troféu de Ralis de Terra dos Açores.
Luís Pimentel, que falava à margem da apresentação pública da prova, no salão Nobre dos Paços do Concelho de Ponta Delgada, vincou ainda a importância da maior ilha do arquipélago voltar a ter um rali na estrada, o que vai suceder nos próximos dias 20 e 21.
“É importante
voltarmos a ter ralis em São Miguel em terra, que era a maior
reivindicação dos pilotos micaelenses, e que vai servir de teste para o
Azores Rallye. Será uma forma extraordinária de colocarmos a máquina a
trabalhar. Julgo que estão reunidas todas as condições para que tudo
corra na perfeição”, afirmou o presidente do GDC aos jornalistas.
A Câmara Municipal de Ponta Delgada (CMPD) surge como patrocinador principal da prova e para Pedro Nascimento Cabral o rali vai ficar para a história como uma referência do automobilismo açoriano.
“Quer nós, na CMPD, quer o GDC, estamos convencidos de que, esta primeira edição vai ser uma grande referência do campeonato regional de ralis”, afirmou o autarca.
O responsável máximo da maior autarquia da Região acrescentou também que o apoio camarário no desporto automóvel “não é um gasto, mas sim um investimento”, atendendo a que o I Rallye Ponta Delgada constitui um importante cartaz de promoção das melhores paisagens do concelho, ao mesmo tempo que dinamiza e fomenta a economia local.
Durante a apresentação da prova Pedro Nascimento Cabral foi
homenageado, com um troféu do rali, por Luís Pimentel pela “visão” e
“disponibilidade” em acarinhar e apoiar a prova.
Datas prejudicam rali
O presidente do GDC aproveitou a ocasião para recordar que a data final do I Rallye Ponta Delgada (20 e 21 de junho) foi uma decisão da Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting (FPAK).
“O GDC não autoriza datas, quem autoriza e homologa as datas é a FPAK”, afirmou o também piloto de ralis.
Luís Pimentel acrescentou ainda que as datas decididas pela FPAK prejudicam a própria prova, revelando que cerca de “quatro pilotos da ilha Terceira não virão” a São Miguel porque o fim de semana do rali coincide com a realização das festas Sanjoaninas, em Angra do Heroísmo.
“Licas” deixou claro que da parte do GDC não existe nenhum atrito com o Terceira Automóvel Clube, clube que recentemente criticou o agendamento da prova para duas semanas antes do Rali da Graciosa, salientando Pimentel que “está garantido o transporte das viaturas para os pilotos chegarem a tempo à Graciosa”, desmitificando assim a ideia que a prova micaelense impede a participação de alguns concorrentes na prova que vai ter lugar na “ilha branca” nos dias 4 e 5 de julho.
Prova serve de ensaio para o Azores Rallye em novembro
O diretor de prova do I Rallye Ponta Delgada, António Medeiros, salientou durante a apresentação do rali, que a prova deste mês vai servir de ensaio tendo em vista a próxima edição do Azores Rallye.
De acordo com António Medeiros, tanto as classificativas como a grande maioria dos aspetos logísticos da prova (incluindo planos de segurança e de sustentabilidade ambiental) são a base daquilo que será a derradeira organização do Grupo Desportivo Comercial (GDC) no final do ano.
O diretor de provas do GDC vincou que após a realização do rali tudo será alvo de avaliação, tendo em vista a identificação dos pontos a melhorar para o Azores Rallye que, assinale-se, está agendado para os dias 28 e 29 de novembro.