Açoriano Oriental
Sindicato queixa-se de “hostilidade” por parte da Portos dos Açores, empresa nega

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) queixou-se de "hostilidade" por parte da empresa pública Portos dos Açores, com a empresa a dizer-se surpreendida com as queixas e a negar as acusações.

Sindicato queixa-se de “hostilidade” por parte da Portos dos Açores, empresa nega

Autor: Lusa/AO Online

"Há uma atitude de grande hostilidade, nomeadamente para com determinados grupos de trabalhadores marítimos", lamentou o presidente da direção do SNTAP, Serafim Gomes, em declarações à agência Lusa, dando como exemplo a "incerteza" que existe diariamente sobre quem é que vai ter de fazer trabalho extraordinário.

O sindicalista criticou as chefias diretas desses trabalhadores, dentro da empresa Portos dos Açores, por acabarem por "manipular arbitrariamente a distribuição do trabalho".

"Causa, naturalmente, discrepâncias, injustiças e, sobretudo, a incerteza na vida das pessoas, porque os trabalhadores têm direito à sua vida familiar e social e acabam, muitas vezes, por não o poderem fazer, porque não sabem quem é que vai ou não trabalhar, nem quando", referiu Serafim Gomes.

O presidente do Conselho de Administração da Portos dos Açores, Miguel Costa, mostrou-se "surpreendido" com as queixas do sindicato, negando a existência de qualquer clima de hostilidade e sublinhando que a está apenas a cumprir o acordo de empresa.

"Todas as escalas são comunicadas integralmente, de acordo com aquilo que resulta do acordo de empresa, ou seja, até às 16 horas do dia anterior, ou até ao último dia útil, se for ao fim de semana", explicou o administrador portuário, acrescentando que "se isto é hostil, resulta do acordo de empresa, assinado pelo SNTAP".

Miguel Costa recordou que foram os próprios trabalhadores portuários que sugeriram que a Portos dos Açores enviasse, por SMS, as escalas de serviço para o dia seguinte, sugestão que foi aceite pela empresa e que está em vigor desde então.

Apesar disso, o presidente do SNTAP diz que está a "equacionar" a necessidade de avançar para algumas formas de luta, por entender que os seus associados não podem continuar a ser tratados como "estafetas" por parte da entidade patronal.

"Estamos a equacionar a necessidade, infelizmente, de termos de avançar para formas de luta, que poderão passar por uma greve geral ou parcial, ainda não está estabelecido o que será", adiantou Serafim Gomes.

Por seu turno, a Portos dos Açores disse que está disponível para manter o diálogo com o sindicato.


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