Autor: Lusa / AO online
O encontro entre Gambari e Ban está marcado para hoje à tarde (hora local/mais cinco em Lisboa) e nele o enviado especial vai relatar a sua missão de quatro dias na Birmânia (Myanmar).
Gambari encontra-se sexta-feira com o Conselho de Segurança da ONU, que colocará na agenda internacional a preocupação com os abusos dos direitos humanos na Birmânia, afirmou Ban.
"Vamos discutir aprofundadamente com os membros do Conselho de Segurança qual a acção a tomar no futuro", acrescentou o secretário-geral da ONU, sem referir quais as medidas que pretende propor ao Conselho.
Contudo, o formato da apresentação de Gambari ao Conselho de Segurança ainda não está decidido.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e outros membros do Conselho preferem um relato aberto, onde os membros possam também participar, enquanto China e Rússia querem uma apresentação privada, referem fontes diplomáticas da ONU.
A discussão do formato da audiência de Gambari está marcada para hoje à tarde.
Entretanto, o governo chinês qualificou hoje a missão do enviado especial da ONU à Birmânia como uma "etapa útil", sublinhando que a situação no país "voltou à calma nos últimos dias", embora sem se referir às mortes e detenções em massa que têm ocorrido.
Ibrahim Gambari foi enviado à Birmânia para tentar acabar com a repressão violenta de milhares de manifestantes pacíficos pela Junta Militar no poder.
A repressão militar causou mais de dez mortes, incluindo um jornalista-fotógrafo japonês, e mais de mil detenções, segundo fontes oficiais, embora grupos dissidentes estimem que os números reais ultrapassem os 200 mortos e os seis mil detidos.
Face a esta crise, a Alta-Comissária da ONU para os Direitos do Homem, Louise Arbour, manifestou já a sua preocupação com a situação "alarmante" no país e considerou que as autoridades birmanesas devem convidar "o mais rápido possível" o relator especial da ONU para os direitos humanos.
"Estamos extremamente preocupados pela ausência de informações internacionais fiáveis e credíveis sobre o que se passa no terreno. Há cada vez menos imagens e elas são cada vez mais afastadas no tempo. O relator especial dos direitos do homem deve poder deslocar-se ao terreno o mais cedo possível", afirmou Arbour em declarações à estação televisiva canadiana CBC.
Arbour reclamou também um "acesso sem restrições às prisões" para o relator especial, Paulo Sérgio Pinheiro, que não é convidado pelas autoridades birmanesas desde 2003.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, anunciou hoje a sua visita ao sudeste asiático para "daqui a alguns dias", devido à necessidade de diálogo com os países da região sobre a urgência de "uma abertura democrática na Birmânia".
"As pressões mais eficazes devem exercer-se por parte dos países vizinhos (da Birmânia), nomeadamente a Tailândia", acrescentou Kouchner.
O ministro dos Negócios Estrangeiros falou ainda do papel importante da Índia e China para solucionar a crise em território birmanês.
Gambari encontra-se sexta-feira com o Conselho de Segurança da ONU, que colocará na agenda internacional a preocupação com os abusos dos direitos humanos na Birmânia, afirmou Ban.
"Vamos discutir aprofundadamente com os membros do Conselho de Segurança qual a acção a tomar no futuro", acrescentou o secretário-geral da ONU, sem referir quais as medidas que pretende propor ao Conselho.
Contudo, o formato da apresentação de Gambari ao Conselho de Segurança ainda não está decidido.
Estados Unidos, Grã-Bretanha, França e outros membros do Conselho preferem um relato aberto, onde os membros possam também participar, enquanto China e Rússia querem uma apresentação privada, referem fontes diplomáticas da ONU.
A discussão do formato da audiência de Gambari está marcada para hoje à tarde.
Entretanto, o governo chinês qualificou hoje a missão do enviado especial da ONU à Birmânia como uma "etapa útil", sublinhando que a situação no país "voltou à calma nos últimos dias", embora sem se referir às mortes e detenções em massa que têm ocorrido.
Ibrahim Gambari foi enviado à Birmânia para tentar acabar com a repressão violenta de milhares de manifestantes pacíficos pela Junta Militar no poder.
A repressão militar causou mais de dez mortes, incluindo um jornalista-fotógrafo japonês, e mais de mil detenções, segundo fontes oficiais, embora grupos dissidentes estimem que os números reais ultrapassem os 200 mortos e os seis mil detidos.
Face a esta crise, a Alta-Comissária da ONU para os Direitos do Homem, Louise Arbour, manifestou já a sua preocupação com a situação "alarmante" no país e considerou que as autoridades birmanesas devem convidar "o mais rápido possível" o relator especial da ONU para os direitos humanos.
"Estamos extremamente preocupados pela ausência de informações internacionais fiáveis e credíveis sobre o que se passa no terreno. Há cada vez menos imagens e elas são cada vez mais afastadas no tempo. O relator especial dos direitos do homem deve poder deslocar-se ao terreno o mais cedo possível", afirmou Arbour em declarações à estação televisiva canadiana CBC.
Arbour reclamou também um "acesso sem restrições às prisões" para o relator especial, Paulo Sérgio Pinheiro, que não é convidado pelas autoridades birmanesas desde 2003.
Também o ministro dos Negócios Estrangeiros francês, Bernard Kouchner, anunciou hoje a sua visita ao sudeste asiático para "daqui a alguns dias", devido à necessidade de diálogo com os países da região sobre a urgência de "uma abertura democrática na Birmânia".
"As pressões mais eficazes devem exercer-se por parte dos países vizinhos (da Birmânia), nomeadamente a Tailândia", acrescentou Kouchner.
O ministro dos Negócios Estrangeiros falou ainda do papel importante da Índia e China para solucionar a crise em território birmanês.