Autor: Luís Pedro Silva
Segundo
os dados avançados pela Antena 1/Açores foi registado um prejuízo de
21,1 milhões de euros, sendo que estes números representam um novo
recorde negativo da transportadora açoriana, superando o registo de 20,8
milhões de euros do primeiro trimestre de 2019.
A agência LUSA indicou que os dados das contas da transportadora açoriana foram entregues na Assembleia Legislativa dos Açores e revelam que a Azores Airlines apresentou um prejuízo de 17,8 milhões de euros, no primeiro trimestre de 2020, enquanto no ano passado registou um saldo negativo de 16,85 milhões de euros entre janeiro e março.
Isto enquanto a SATA
Air Azores registou um prejuízo de 3,3 milhões de euros, nos primeiros
três meses deste ano, melhorando o resultado financeiro comparando com o
período homólogo de 2019, onde o prejuízo foi de 3,9 milhões de euros.
A Lusa, por seu lado, adianta ainda que durante os primeiros três meses de 2020 o Governo Regional dos Açores injetou, a título de subsídio à exploração, cerca de nove milhões de euros na SATA Air Açores.
53 milhões em 2019
Recorde-se
que o Grupo SATA fechou o ano de 2019 com prejuízos de 53 milhões de
euros, valor semelhante a 2018, mas com melhorias em ambas as
transportadoras aéreas.
No que se refere à Azores Airlines, os
prejuízos foram de 55,8 milhões de euros, uma melhoria de 7,6 milhões
face a 2018, diz a empresa. Já a SATA Air Açores passou de prejuízos de
2,6 milhões de euros para lucros de dois milhões de euros.
A
transportadora acabaria por trocar de conselho de administração, em
novembro de 2019, mas os novos gestores apenas tomaram posse em janeiro
de 2020.
Luís Rodrigues, presidente do conselho de administração da
SATA, na mensagem publicada na divulgação da atividade desenvolvida no
primeiro trimestre de 2020, refere que os resultados financeiros foram
afetados pela pandemia do novo coronavírus.
“Findo o primeiro trimestre, havíamos concluído, no essencial, o nosso Plano de Desenvolvimento 20-25. Em março 2020, embora com o caminho traçado, o percurso foi interrompido pela Covid-19, um surto que se transformou em pandemia global e que contagiou o mundo. A aviação mergulhou numa situação de crise sem precedentes e o Grupo SATA não foi poupado”, alegou.