Autor: Nuno Fontes Sousa
O armador de “Mestre Mentiroso”, Carlos Pacheco, explica que no passado domingo de manhã o filho foi ao local onde atraca habitualmente o barco e este tinha desaparecido.
De seguida, Carlos Pacheco alertou a Polícia Marítima, encaminharam o processo e, na tarde de domingo, foi informado de que a traineira encontrava-se a salvo e estava atracada na Praia da Vitória, sem danos exteriores.
O filho do armador foi para a ilha Terceira, com outros dois marinheiros, buscar o barco, mas ontem Carlos Pacheco foi informado de que teria de ir ao Tribunal de Vila Franca do Campo pedir um requerimento para o barco ser libertado, sendo que “ficou combinado, para [hoje] de manhã, verificar se o processo já estava pronto e o barco fica libertado para o armador”.
O barco foi roubado por um funcionário de Carlos Pacheco, natural do Pico, que vivia dentro do “Mestre Mentiroso” por não ter habitação na ilha.
“Há cerca de um mês atrás, o pescador pediu trabalho ao meu filho e ficou a trabalhar connosco.
Parecia um rapaz impecável e então demos-lhe comida, água cama, lavamos-lhe a roupa e ainda nos quis levar o barco, tanto que conseguiu mesmo levar”, conta indignado.
Entretanto, Carlos Pacheco diz já ter acumulado um prejuízo de cerca de 3 mil euros, entre o gasóleo gasto na viagem até Praia da Vitória, as passagens para a Terceira e os custos da estadia nesta ilha dos três homens que vão trazer a traineira de volta a “casa”.