Autor: Lusa/AO
O jornal Público noticia hoje que foi detectada seropositividade ao VIH a um cirurgião a exercer funções num hospital público português, que poderá ser obrigado a mudar de especialidade se ficar provado que a sua actividade constitui risco para os doentes.
Em declarações à agência Lusa, o bastonário Pedro Nunes considerou que "o risco de contágio do doente ao médico é muito maior do que no sentido inverso", mas sublinhou que o caso ainda está em análise nos colégios de especialidade da Ordem.
"Temos de saber qual é o risco real de contágio, só depois disso será tomada uma decisão", acrescentou.
Para Pedro Nunes, o contágio pela seropositividade deve ser visto nos dois sentidos: os doentes com HIV têm direito a ser tratados e os médicos não se podem recusar, havendo sistemas para evitar o contágio dos médicos.
"Se nos blocos operatórios é possível evitar o contágio do médico, porque é que no sentido contrário o médico deve deixar de trabalhar", questionou o bastonário, ressalvando no entanto que a posição da Ordem ainda não está definida.
Apesar de não querer manifestar posições concretas, o responsável considera que há duas grandes questões que devem ser colocadas na análise deste caso: que tipo de actos trazem risco acrescido de contágio e "qual o risco real que deve levar um médico portador de VIH a ser discriminado".
Pedro Nunes considerou ainda que as pessoas podem estar "perfeitamente descansadas" em relação às suas cirurgias, até porque "há sistemas para evitar o contágio no bloco operatório".
Segundo o jornal Público, neste caso, o primeiro caso do género conhecido em Portugal, o cirurgião soube que era seropositivo através da Medicina do Trabalho.
Foi o próprio médico do Trabalho que comunicou à direcção clínica e à administração do hospital em causa o caso.
O jornal adianta ainda que os pareceres existentes até agora dizem que o risco de contágio de doentes é muito baixo, mas existe.
"O risco médico de transmissão de VIH de um cirurgião a um doente por acidente percutâneo durante procedimento invasivo é de 2,4 a 24 por milhão", refere o parecer do Centro de Direito Biomédico de Coimbra.
Em declarações à agência Lusa, o bastonário Pedro Nunes considerou que "o risco de contágio do doente ao médico é muito maior do que no sentido inverso", mas sublinhou que o caso ainda está em análise nos colégios de especialidade da Ordem.
"Temos de saber qual é o risco real de contágio, só depois disso será tomada uma decisão", acrescentou.
Para Pedro Nunes, o contágio pela seropositividade deve ser visto nos dois sentidos: os doentes com HIV têm direito a ser tratados e os médicos não se podem recusar, havendo sistemas para evitar o contágio dos médicos.
"Se nos blocos operatórios é possível evitar o contágio do médico, porque é que no sentido contrário o médico deve deixar de trabalhar", questionou o bastonário, ressalvando no entanto que a posição da Ordem ainda não está definida.
Apesar de não querer manifestar posições concretas, o responsável considera que há duas grandes questões que devem ser colocadas na análise deste caso: que tipo de actos trazem risco acrescido de contágio e "qual o risco real que deve levar um médico portador de VIH a ser discriminado".
Pedro Nunes considerou ainda que as pessoas podem estar "perfeitamente descansadas" em relação às suas cirurgias, até porque "há sistemas para evitar o contágio no bloco operatório".
Segundo o jornal Público, neste caso, o primeiro caso do género conhecido em Portugal, o cirurgião soube que era seropositivo através da Medicina do Trabalho.
Foi o próprio médico do Trabalho que comunicou à direcção clínica e à administração do hospital em causa o caso.
O jornal adianta ainda que os pareceres existentes até agora dizem que o risco de contágio de doentes é muito baixo, mas existe.
"O risco médico de transmissão de VIH de um cirurgião a um doente por acidente percutâneo durante procedimento invasivo é de 2,4 a 24 por milhão", refere o parecer do Centro de Direito Biomédico de Coimbra.