Elevada a Santuário Diocesano há um ano, a antiga ermida de Nossa Senhora da Paz, na ilha de São Miguel, ganhou “uma nova dimensão espiritual, pastoral e também turística”, segundo afirmou à agência Lusa o reitor, padre José Borges.
A ermida foi construída em 1764, no local onde existia um templo mais antigo, possivelmente do século XVI, associado à tradição de um pastor que ali teria encontrado uma imagem de Nossa Senhora numa gruta, de acordo com a Diocese de Angra.
Segundo o reitor, a elevação da ermida a Santuário veio dar uma maior dinâmica de visitas, acrescentando que a integração na rota nacional será “um chamariz e uma forma de dizer quem somos, quem queremos ser e aquilo que testemunhamos enquanto lugar de fé e de paz”.
Para o padre José Borges, reitor do Santuário de Nossa Senhora da Paz e Ouvidor de Vila Franca do Campo, o aumento significativo do número de visitantes foi uma “surpresa muito positiva”, com peregrinos que procuram o santuário tanto pela oração, pelo silêncio, pela contemplação, como pela paisagem, por se localizar num "lugar muito aprazível".
“Lá em cima, no alto do monte, há uma paz para além do mundo. Muitas pessoas procuram isto: um tempo de silêncio, uma contemplação da natureza isto também é rezar. Isto também é fé. A paz é muito importante para tudo, para a vida e para a saúde. E, neste momento, precisamos de paz, o mundo precisa de paz, os nossos corações precisam de paz", sustentou, em declarações à Lusa.
A Diocese de Angra destaca que a elevação da Ermida de Nossa Senhora da Paz a Santuário Diocesano, ocorrida há um ano, reconheceu a sua importância histórica, espiritual e pastoral para a Diocese e para os fiéis, em particular para os micaelenses.
“Foi uma excelente noticia que recebemos há um ano”, vincou o reitor, indicando que o Santuário "recebe atualmente cerca de seis mil visitantes por mês", um ano após a sua elevação a santuário.
O padre José Borges destacou ainda "o dinamismo" religioso criado ao longo do último ano, nas celebrações do santuário, eucaristias, recitação do terço, confissões, devoções, todo o serviço religioso que é oferecido naquele espaço para "apoiar a espiritualidade do ser humano".
A elevação a santuário veio igualmente potenciar a realização de peregrinações organizadas, retiros espirituais e encontros promovidos por movimentos e grupos da Igreja, tornando o espaço “um verdadeiro oásis de paz, de bênção e de esperança”.
"É quase um milagre mensal, porque o maior tesouro da Senhora da Paz são as pessoas, é a afluência dos peregrinos que consagra aquele lugar que é de paz e por isso santifica as pessoas", reforçou.
As comemorações do primeiro aniversário do santuário decorrem nos dias 01 e 02 de janeiro.
Segundo a página Igreja Açores, da Diocese de Angra, no Dia Mundial da Paz, 01 de janeiro, realiza-se uma celebração solene no santuário, com a participação dos coros da Ouvidoria e dos conselhos pastorais dos movimentos da Igreja, presidida pelo ouvidor e reitor do santuário.
A celebração prolonga-se no dia 02 de janeiro, sexta-feira, com o “Concerto pela Paz”, marcado para as 21h00, na Igreja Matriz de Vila Franca do Campo.
"Estamos muito gratos pela Diocese reconhecer aquilo que já vivíamos, porque o Santuário nasceu para ser este refúgio. É o silêncio que fala alto. É a presença da mãe de Jesus que nos envolve. É a paz que nos protege. E, temos muitas graças a dar a Deus neste lugar de paz, de bênção e de esperança", vincou o padre José Borges.
