Rendimento das famílias contará para pagamento dos lares de idosos nos Açores

Os rendimentos do agregado familiar dos idosos que entrem num lar nos Açores vão passar a ser levados em conta para calcular o valor que cada um pagará, revelou a secretária regional da Solidariedade Social.


 

Segundo Piedade Lalanda, o Governo dos Açores pretende rever em 2014 as portarias que definem a "comparticipação familiar" no pagamento de valências das Instituições Particulares de Solidariedade Social (IPSS), sendo o objetivo uniformizar critérios.

A secretária regional explicou que nas creches e ATL, por exemplo, os rendimentos do agregado familiar são levados em conta para calcular essa comparticipação, mas isso não acontece em relação aos lares de idosos.

No caso dos lares, o critério usado é sempre 80% da pensão do idoso, independentemente do seu valor e dos rendimentos da sua família.

"Entendemos que esse critério está desajustado da realidade atual. Alguns idosos têm pensões muito baixas e eventualmente vivem em agregados familiares com alguma capacidade financeira e a família fica isenta de colaborar com o Estado nos cuidados aos seus familiares", afirmou Piedade Lalanda aos jornalistas.

"Queremos usar o mesmo critério que é usado para a infância. No fundo, uniformizar o que é um agregado carenciado", afirmou.

A secretária regional falava em Ponta Delgada, no final da reunião do Conselho Regional de Concertação Estratégica, na qual o Governo dos Açores apresentou aos parceiros sociais a proposta de plano de investimento público para 2014, no âmbito da preparação do orçamento da região para o próximo ano.

Pouco antes, o presidente da União das Misericórdias dos Açores, António Marcos, tinha considerado positiva esta proposta do Governo Regional.

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João Dâmaso Moniz é diretor-geral da Escola Profissional da Ribeira Grande. Foi neste contexto que liderou a lista única, com várias escolas, candidata à Associação de Escolas Profissionais dos Açores, tendo sido eleito presidente da direção da AEPA no passado dia 12 de dezembro para os próximos três anos. Em entrevista ao Açoriano Oriental, João Dâmaso Moniz fala dos desafios que se colocam atualmente ao ensino profissional nos Açores.