Autor: Lusa / AO Online
Na página 371 (o jornal usava numeração consecutiva ao longo das edições) daquela edição, o semanário dava conta da apresentação de uns "estatutos" para a criação de uma "Irmandade" destinada "à instauração dos festejos anuais que antigamente se dedicavam a João Baptista".
O jornal adiantava que as comemorações religiosas nunca foram interrompidas, mas quanto aos festejos profanos, "os habitantes desta ilha não podiam, sem profunda mágoa, ver passar em silencioso esquecimento, os dias que decorrem de 24 a 29 de Junho".
Ignora-se, assim, ainda, a data e o ano em que tiveram início as festas de São João na ilha Terceira, embora a edição de 21 de Julho do mesmo jornal e ano, faça uma descrição, sem revelar referências, a festejos já realizados "numa praça destinada aos espectáculos".
É possível, no entanto, estabelecer com alguma credibilidade, o percurso das festas de São João, chamadas primeiro por Festas da Cidade, acompanhadas por jogos florais, e, mais recentemente, denominadas por Sanjoaninas.
O recurso aos jornais e revistas, aos programas mais antigos que alguns coleccionadores "teimam" em manter, bem como trabalhos elaborados por diversos historiadores e investigadores, já permite estabelecer parte da sua evolução e da sua importância para a população.
Revelaram-se sempre um meio de unidade da ilha a que as próprias entidades oficiais não negaram apoios, até pelo seu peso na economia local e na atracção pela cidade que vem da época dos descobrimentos.
No livro de Gervásio Lima "As Festas de São João na Ilha Terceira", pode ler-se, transcrevendo um artigo do jornal "A Nação" (05 de Janeiro de 1881), editado na capital portuguesa, que se "admiravam os forasteiros que então se achavam em Angra, em tal forma, que disseram em voz pública que não poderia ser criado em parte alguma do mundo a muita riqueza que possuía em si a cidade de Angra".
As festividades mantêm-se e, em cada ano, renova-se o trabalho de milhares de horas das costureiras, vendem-se milhares de metros de pano, botões, linhas e toda uma panóplia de adereços que só tem paralelo no período do Carnaval.
É preciso que o cortejo de abertura com a "Rainha das Festas" surja em todo o seu esplendor e que possa ser falado - para o bem e para o mal - até ao ano seguinte.
A tradição da rainha das festas colheu tantos frutos que algumas das freguesias rurais também a adoptaram para as suas festas locais.
Realce para o dia do "Bodo" - com que se marca "o lado religioso das festas" - e que termina numa "função do Espírito Santo", que reúne centenas de crianças e adultos.
É outros dos momentos de maior elevação da festa traduzido em sentimentos de solidariedade e partilha.
O jornal adiantava que as comemorações religiosas nunca foram interrompidas, mas quanto aos festejos profanos, "os habitantes desta ilha não podiam, sem profunda mágoa, ver passar em silencioso esquecimento, os dias que decorrem de 24 a 29 de Junho".
Ignora-se, assim, ainda, a data e o ano em que tiveram início as festas de São João na ilha Terceira, embora a edição de 21 de Julho do mesmo jornal e ano, faça uma descrição, sem revelar referências, a festejos já realizados "numa praça destinada aos espectáculos".
É possível, no entanto, estabelecer com alguma credibilidade, o percurso das festas de São João, chamadas primeiro por Festas da Cidade, acompanhadas por jogos florais, e, mais recentemente, denominadas por Sanjoaninas.
O recurso aos jornais e revistas, aos programas mais antigos que alguns coleccionadores "teimam" em manter, bem como trabalhos elaborados por diversos historiadores e investigadores, já permite estabelecer parte da sua evolução e da sua importância para a população.
Revelaram-se sempre um meio de unidade da ilha a que as próprias entidades oficiais não negaram apoios, até pelo seu peso na economia local e na atracção pela cidade que vem da época dos descobrimentos.
No livro de Gervásio Lima "As Festas de São João na Ilha Terceira", pode ler-se, transcrevendo um artigo do jornal "A Nação" (05 de Janeiro de 1881), editado na capital portuguesa, que se "admiravam os forasteiros que então se achavam em Angra, em tal forma, que disseram em voz pública que não poderia ser criado em parte alguma do mundo a muita riqueza que possuía em si a cidade de Angra".
As festividades mantêm-se e, em cada ano, renova-se o trabalho de milhares de horas das costureiras, vendem-se milhares de metros de pano, botões, linhas e toda uma panóplia de adereços que só tem paralelo no período do Carnaval.
É preciso que o cortejo de abertura com a "Rainha das Festas" surja em todo o seu esplendor e que possa ser falado - para o bem e para o mal - até ao ano seguinte.
A tradição da rainha das festas colheu tantos frutos que algumas das freguesias rurais também a adoptaram para as suas festas locais.
Realce para o dia do "Bodo" - com que se marca "o lado religioso das festas" - e que termina numa "função do Espírito Santo", que reúne centenas de crianças e adultos.
É outros dos momentos de maior elevação da festa traduzido em sentimentos de solidariedade e partilha.