Açoriano Oriental
Rede Global da Diáspora quer promover o produto açoriano

Rede que já inclui mais de 10 mil empresas de portugueses espalhadas pelo mundo pode ser fator de promoção da Marca Açores na diáspora


Autor: Rui Jorge Cabral

A Rede Global da Diáspora quer ser uma oportunidade para a promoção do produto açoriano no exterior.

Conforme afirmou o diretor executivo da Fundação AEP, Paulo Dinis, “acreditamos muito na qualidade genuína do produto açoriano, um produto que está muito ligado a este território inconfundível, com características únicas e que pode perfeitamente competir no mercado global, com alguma exclusividade”.

A Rede Global da Diáspora é um projeto nacional da Fundação AEP, que facilita o contacto entre as empresas e disponibiliza ferramentas para potenciar os negócios entre Portugal e a sua diáspora.

Atualmente, a Rede permite o contacto direto com mais de 10 mil empresas de portugueses espalhadas por mais de 150 países, tendo ontem sido dada a conhecer em Ponta Delgada numa sessão de apresentação, que decorreu nas instalações da Câmara de Comércio e Indústria de Ponta Delgada (CCIPD). Paulo Dinis lembrou que a Fundação AEP considera os Açores como “um ativo fundamental quando se fala em diáspora” e, nesse sentido, afirmou a intenção de, no seio da Rede Global da Diáspora, “comunicar a Marca Açores e gerar valor ao produto açoriano, promovendo-o em todo o mundo”.

Por seu lado, o presidente da CCIPD, Mário Fortuna, considerou que a Rede Global da Diáspora pode ser uma “mais-valia” para os Açores enquanto “circuito de interligação com as comunidades”, afirmando que a conectividade que já existe na política e na cultura entre os Açores e a diáspora, deve ser alargada também à esfera económica, apelando a que se faça mais “diplomacia económica” dos Açores na diáspora.

Mário Fortuna lembra que a “falta de informação” ainda é um grande obstáculo a quem queira investir nos Açores, apelando a que se faça um “trabalho especializado” na captação de investimento externo, em vez do percurso “errático” que tem sido feito ao longo dos anos nos Açores, com várias instituições do Governo Regional a sucederem-se, sem grande sucesso, na função de promover e acolher o investimento externo na Região. “É preciso promover e o Governo deve estar nesta fase da promoção, mas é também preciso acolher e, para isso, nada melhor do que as associações empresariais para acolher o investimento, porque se alguém sabe as vicissitudes de fazer investimento nos Açores, são estas instituições”, afirmou o presidente da CCIPD.

De resto, o potencial existe, conclui Mário Fortuna, desde logo em áreas como o turismo e os produtos agroalimentares que fazem o chamado “mercado da saudade”, que deve ser trabalhado não só na América do Norte (EUA e Canadá), mas também cada vez mais em comunidades açorianas mais antigas e com menos ligações às suas origens, como é o caso do Brasil.

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