Açoriano Oriental
Rafael Botelho faz balanço positivo da sua 10.º época nos ralis

Ano de 2024, o 10.ª da carreira do piloto nos ralis, fica marcado pela conquista do título de campeão dos Açores nas 2 Rodas Motrizes na estreia do Peugeot 208

Rafael Botelho faz balanço positivo da sua 10.º época nos ralis

Autor: Arthur Melo

Depois de ter estado afastado do automobilismo durante dois anos (2022 e 2023), Rafael Botelho regressou à modalidade em 2024, integrado no projeto do Team Lotus da Fábrica de Tabaco Estrela, estreando o Peugeot 208 Rally4 e, no final da época, o balanço não podia ser melhor.

Depois dos títulos das 2 Rodas Motrizes (2RM) alcançados em 2016 e 2017, “Rafa” acrescentou o título de 2024 ao seu palmarés na sua 10.ª temporada como piloto de ralis, conseguindo também repetir o terceiro lugar em absolutos que tinha conseguido em 2019.

“O balanço é positivo. Voltamos com o objetivo de alcançar este título. Sabíamos do nosso valor, mas vinha de dois anos de paragem após um acidente, um regresso às 2RM com pilotos que vinham evoluindo nessa categoria e com viaturas recentes. O início foi um bocado apreensivo, no entanto, acho que o balanço é extremamente positivo”, afirmou o piloto de 30 anos, em declarações ao Açoriano Oriental, à margem da Gala dos Campeões de Ralis dos Açores, promovida pela Federação Portuguesa de Automobilismo e Karting, em Ponta Delgada.

Ao longo das cinco provas que pontuaram este ano para o Campeonato dos Açores de Ralis (CAR), Rafael Botelho alcançou um segundo lugar à geral, um terceiro e dois quartos, tendo ganho três provas nas 2RM, sido segundo em uma e desistido em outra prova.

“A nível desportivo fico bastante satisfeito, no entanto, o que me deixa satisfeito foi a capacidade de montar este projeto”, destaca o piloto micaelense, que considerou os dias após o acidente na ilha Terceira como decisivos para a conquista dos objetivos:  “A minha maior vitória, apesar do título, foi a capacidade que tive para motivar a minha equipa e arranjar os argumentos para repararmos o carro a seguir à Terceira, chegarmos ao Pico e sentir-me altamente motivado. Estivemos muito bem  e isso marcou a nossa exibição no Pico e a concorrência”, recordou.

Ainda assim, naquela altura, lembra Rafael Botelho, “as pernas fraquejaram, fraquejou tudo porque tínhamos três semanas para o Pico, mas aquilo que podia ter sido um ponto negativo, numa questão de horas passou a ser uma alavanca motivacional, não só minha, mas também de todas as pessoas que trabalham comigo e fizemos tudo aquilo que estava ao nosso alcance para irmos à luta”.

No meio de tudo isso houve, também, a adaptação ao novo carro, o Peugeot 208 Rally4, uma viatura que o piloto classifica como  “um mini R5, um carro extremamente interessante”.

“A adaptação foi extraordinária. Fizemos um teste antes de começar o campeonato e em agosto regressámos ao mesmo local e foi muito bom ter tido a noção e sentir que estava a ganhar ritmo e confiança”, recorda Rafael Botelho que considera que a viatura francesa será, muito provavelmente, “o carro mais interessante para o campeonato”, devido “ao custo por quilómetro que apresenta”.

No próximo ano Rafael Botelho não esconde que “gostava de tentar revalidar o título”, mas a indefinição sobre a existência, ou não, de uma segunda prova do CAR em São Miguel vai determinar o programa desportivo para 2025.

Nesta altura, o piloto confessa que tanto pode voltar a fazer o CAR, como também poderá avançar com o plano B que pode passar por fazer algumas provas no continente. A decisão caberá sempre aos seus patrocinadores, em função do número de provas que o CAR vai ter em São Miguel, ilha onde se concentram 90% dos “sponsors” de Rafael Botelho.

PUB
Regional Ver Mais
Cultura & Social Ver Mais
Açormédia, S.A. | Todos os direitos reservados

Este site utiliza cookies: ao navegar no site está a consentir a sua utilização.
Consulte os termos e condições de utilização e a política de privacidade do site do Açoriano Oriental.