Açoriano Oriental
Putin quer armamento ofensivo russo
O primeiro-ministro russo Vladimir Putin defendeu hoje que Moscovo deve desenvolver o seu armamento ofensivo para fazer face ao escudo anti-míssil norte-americano e conservar o equilíbrio estratégico com os Estados Unidos.
Putin quer armamento ofensivo russo

Autor: Lusa/AO Online

"Precisamos de desenvolver um sistema de defesa anti-míssil como fazem os Estados Unidos, precisamos de desenvolver os sistemas ofensivos", afirmou o chefe do Executivo russo em declarações à comunicação social durante uma visita de trabalho ao porto de Vladivostok, Extremo-Oriente russo.

Segundo Putin, esta medida é indispensável para manter o equilíbrio com os Estados Unidos, uma vez que a Rússia não tem planos para a criação de sistemas de defesa anti-mísseis.

"São demasiado caros e a sua eficácia ainda não está comprovada", disse Putin, citado pela agência oficial Itar-Tass, referindo-se à postura da Rússia sobre a construção de um escudo anti-mísseis.

Salientou também que o problema radica no facto de os "parceiros norte-americanos estarem a construir escudos anti-mísseis e a Rússia não".

Segundo Putin, nesta situação existe o perigo de que, com a criação dessa defesa, os "parceiros possam sentir-se completamente à vontade e fazerem o que quiserem, rompendo assim o equilíbrio e aumentando de imediato a agressividade na política e na economia".

Putin garantiu que Moscovo está disposto a dar informação a Washington sobre o seu poder ofensivo em troca de informação sobre os sistemas anti-mísseis, no âmbito do novo tratado de desarmamento nuclear actualmente em fase de negociação.

Ao referir a necessidade de um novo tratado de desarmamento nuclear que substitua o START (Strategic Arms Reduction Treaty, Tratado de Redução de Armas Estratégicas), que expirou no passado dia 05, Putin afirmou: "A existência de determinadas regras para a redução de armamento, claras para todos, facilmente verificáveis e transparentes, é melhor que a sua ausência".

Putin afirmou ainda que as negociações para o novo tratado estão a decorrer de forma positiva e frisou que finalmente as decisões sobre estes assuntos são da competência dos presidentes da Rússia, Dmitri Medvedev, e dos Estados Unidos, Barack Obama.

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