PSD/Madeira rejeita antecipação de congresso para eleger sucessor de Jardim

O conselho regional do PSD/Madeira rejeitou hoje a antecipação do congresso para eleger o sucessor do seu presidente, Alberto João Jardim, considerando não se justificar.


“(…) O conselho regional entende não se justificar qualquer Congresso Regional eletivo antes das datas determinadas pelo XIV Congresso – eleições internas a 19 de dezembro de 2014 e XV Congresso a 10 de janeiro seguinte –, devendo entre estas duas datas o líder eleito assumir a presidência do Governo Regional da Madeira, legítima e constitucionalmente fundado na confiança da maioria parlamentar da Assembleia Legislativa da Madeira”, referem as conclusões da reunião, que se realizou no Funchal.

Esta semana, num artigo no Jornal da Madeira, o líder do PSD/Madeira e presidente do Governo Regional, Alberto João Jardim, escreveu que cabe ao conselho regional do partido antecipar a sua saída das funções partidárias e governativas, reafirmando, contudo, que mantém aquele planeamento.

À sucessão do presidente do PSD/Madeira já se assumiram o ex-presidente da Câmara do Funchal e candidato derrotado nas últimas eleições internas, Miguel Albuquerque, o antigo eurodeputado Sérgio Marques e o atual secretário regional do Ambiente, Manuel António Correia.

Miguel Albuquerque defende a realização do congresso em junho ou julho do próximo ano e anunciou ir “fazer o possível” para concretizar este objetivo.

No documento final do conselho regional, lido pelo porta-voz do encontro, Ismael Fernandes, lê-se que “todo e qualquer militante tem o direito de se candidatar aos órgãos do partido”, sendo que “o debate interno será leal e sereno, nunca voltando a pôr em causa a unidade do PSD/M”.

Considerando prioritário o PSD/M, que perdeu sete das 11 câmaras na região nas eleições autárquicas, “readquirir a posição hegemónica”, os conselheiros salientam que, para tal, “tem de retomar a robustez que infunde confiança nas populações, a qual assenta na unidade e na disciplina democrática interna, eliminando-se os focos de divisionismo e de exibicionismo”.

O conselho regional, principal órgão do partido entre congressos, defendeu, ainda, uma política nacional diferente da coligação governamental, do PSD/CDS-PP.

“A prioridade deve ser dada ao emprego e não ao défice, o que implica uma aliança com outros países europeus no sentido de fazer frente às políticas liberais que, na União Europeia, estão a ser impostas pelos países mais ricos e de banca mais possante”, sustenta.

O documento nota que “a redução da procura e do investimento é um erro”, alertando para a possibilidade de o país, no final da assistência internacional, “apesar de tantos sacrifícios”, não merecer a confiança dos mercados.

Ainda sobre a situação do país, o PSD/M reconhece que “as pessoas estão legitimamente desesperadas” com a falta de dinheiro, o aumento do desemprego, os cortes nos salários e pensões, notando que a classe dos funcionários públicos “suporta o grande peso da austeridade, seguindo-se-lhes os pensionistas e outros beneficiários de apoios sociais”.

O conselho regional acrescenta que os deputados do PSD eleitos pela Madeira só votarão favoravelmente a proposta de Orçamento do Estado para 2014 se forem repostos “os direitos da região e encontradas as soluções financeiras” de que não pode prescindir.

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João Dâmaso Moniz é diretor-geral da Escola Profissional da Ribeira Grande. Foi neste contexto que liderou a lista única, com várias escolas, candidata à Associação de Escolas Profissionais dos Açores, tendo sido eleito presidente da direção da AEPA no passado dia 12 de dezembro para os próximos três anos. Em entrevista ao Açoriano Oriental, João Dâmaso Moniz fala dos desafios que se colocam atualmente ao ensino profissional nos Açores.