Autor: Lusa/AO online
"Se fosse noutro tempo, estas situações tinham causado enorme alarido, na região e no Governo Regional", lembrou o dirigente social-democrata, para quem o silêncio do executivo regional socialista, sobre estas matérias, se deve ao facto de o primeiro-ministro ser o socialista António Costa.
Uma das denúncias feitas pelos sociais-democratas açorianos, em conferência de imprensa, em Ponta Delgada, está relacionada com o facto de o Governo da República alegadamente deixar de assumir o pagamento do empréstimo contraído pela Universidade dos Açores, em 2012, com vista à sua recuperação financeira.
"Para o ano de 2018, segundo denúncia do senhor reitor, garantido que está o défice zero, o Governo da República parece que se recusa a pagar o compromisso em relação à Universidade dos Açores", lamentou Duarte Freitas, alertando para os prejuízos financeiros que tal decisão poderá comportar para a academia açoriana.
Na sua opinião, "é também muito estranho" o silêncio que se tem verificado por parte do executivo açoriano socialista sobre esta matéria.
O líder dos sociais-democratas açorianos, que reuniram hoje a Comissão Política Regional, criticou também a ausência de verbas no Orçamento do Estado (OE) para 2018 para fazer face aos trabalhos de descontaminação de solos e aquíferos da ilha Terceira, na sequência da presença norte-americana na base das Lajes.
"Sempre dissemos que devia ser o Governo da República a assumir essa responsabilidade do financiamento da descontaminação da Terceira", insistiu Duarte Freitas, acrescentando que o Estado português deve, depois, junto dos norte-americanos, assegurar as indemnizações necessárias por esses trabalhos.
A terceira "falha" denunciada pelos sociais-democratas açorianos está relacionada com rejeição, por parte do Governo de António Costa, da construção do Centro Tutelar Educativo dos Açores.
"Esta recusa prejudica muitos jovens da Região, ao mesmo tempo que desrespeita a vontade do povo açoriano, cujos representantes aprovaram, por unanimidade, uma iniciativa do PSD/Açores para solucionar este problema", apontou o dirigente do PSD.
Duarte Freitas realçou, por outro lado, o consenso gerado dentro da estrutura regional do PSD, relativamente às eleições internas no partido, a nível nacional, que fez com que os militantes dos Açores tivessem formado uma única lista de delegados ao Congresso Nacional, apesar de existirem duas candidaturas à liderança do PSD (Rui Rio e Santana Lopes).
"Isto revela também da maturidade que estas duas candidaturas e os seus representantes têm, e o sentido institucional de colocar acima destas candidaturas o interesse do PSD/Açores, através de uma lista única candidata aos delegados ao congresso nacional", elogiou o dirigente social-democrata.
Nos Açores, cerca de 900 militantes pagaram quotas para poderem participar nas eleições diretas nacionais, sensivelmente o dobro de nos anteriores atos eleitorais.