Autor: Lusa / AO online
Num debate que ocupou os deputados durante quase 90 minutos no plenário da Assembleia da República, e em que o "histórico" socialista Manuel Alegre se juntou a toda a oposição na exigência de esclarecimentos cabais, o social-democrata Paulo Rangel associou directamente o actual primeiro-ministro a este tipo de episódios.
"O PS não pode invocar o seu passado, o seu passado nós respeitamos. Mas desde que fez o 'restyling' José Sócrates, o PS não pode dar cartas em matéria de liberdades. Em matéria de liberdades, o PS de José Sócrates envelheceu e reformou-se definitivamente", acusou.
Numa intervenção muito crítica, Paulo Rangel considerou que este episódio demonstrou uma nova atitude do Governo.
"Sem que se perceba porquê ou com que fim, o primeiro-ministro e o Governo do PS subiram mais um degrau - um perigoso degrau - no clima de condicionamento, de cerceamento, de atrofia da liberdade cívica", acusou.
"Já não é sancionar quem diverge é tentar impedir que se divirja", alertou.
Manuel Alegre, que pediu a palavra no início do debate, fez questão de separar o que serão as conclusões do inquérito já mandado instaurar pelo Ministério da Administração Interna e a "pedagogia política e democrática" sobre o caso.
"A liberdade sindical é inseparável da liberdade política, não há liberdade sem todas as liberdades", frisou, numa intervenção em que recordou que este valor faz parte do "património histórico" do Partido Socialista.
Apelando a que neste caso não existem "sombras, equívocos ou confusões", Manuel Alegre exortou a que sejam apuradas todas as responsabilidades mas, sobretudo, que o caso "não volte a repetir-se a bem da democracia".
"O PS não pode invocar o seu passado, o seu passado nós respeitamos. Mas desde que fez o 'restyling' José Sócrates, o PS não pode dar cartas em matéria de liberdades. Em matéria de liberdades, o PS de José Sócrates envelheceu e reformou-se definitivamente", acusou.
Numa intervenção muito crítica, Paulo Rangel considerou que este episódio demonstrou uma nova atitude do Governo.
"Sem que se perceba porquê ou com que fim, o primeiro-ministro e o Governo do PS subiram mais um degrau - um perigoso degrau - no clima de condicionamento, de cerceamento, de atrofia da liberdade cívica", acusou.
"Já não é sancionar quem diverge é tentar impedir que se divirja", alertou.
Manuel Alegre, que pediu a palavra no início do debate, fez questão de separar o que serão as conclusões do inquérito já mandado instaurar pelo Ministério da Administração Interna e a "pedagogia política e democrática" sobre o caso.
"A liberdade sindical é inseparável da liberdade política, não há liberdade sem todas as liberdades", frisou, numa intervenção em que recordou que este valor faz parte do "património histórico" do Partido Socialista.
Apelando a que neste caso não existem "sombras, equívocos ou confusões", Manuel Alegre exortou a que sejam apuradas todas as responsabilidades mas, sobretudo, que o caso "não volte a repetir-se a bem da democracia".